terça-feira, 18 de outubro de 2016

“VAI TER QUE PAGAR PELO QUE FEZ”, DIZ PAI DE JOVEM MORTO POR CARRO DE LUXO

(Marcelo)
Erivaldo Araújo, pai de Marcelo da Silva, jovem morto após ser atropelado por uma BMW na BR-230 em Cabedelo, na segunda-feira (17/10), garantiu que vai buscar justiça pela morte do filho. 

“Sei que a vida do meu filho não vai voltar, mas ele [o motorista] vai ter que pagar pelo que fez. Não quero saber se ele tem dinheiro, eu vou até o fim. Se eu tivesse batido em algum parente dele, eu seria processado por ele”, completou o pai do jovem garçom.
O acidente que deixou o garçom morto foi registrado no início da noite no km 3,8 da rodovia federal.
Segundo testemunhas informaram à Polícia Rodoviária Federal (PRF), o carro de luxo envolvido no acidente seguia em alta velocidade, acima dos 80km/h permitidos como limite na rodovia federal.
Marcelo da Silva foi arremessado, não resistiu ao impacto e morreu no local.
O pai do garçom, após prestar depoimento na delegacia, disse que ainda estava abalado com o acidente.
“Estou abalado, era um menino jovem, cheio de sonhos. Acontece uma tragédia dessas por conta de um irresponsável”, comentou.
O irmão de Marcelo, Márcio da Silva, relatou que o garçom tinha o sonho de ser cozinheiro e trabalhar em navio, viajando o mundo.
“[É uma] tristeza para toda a família. Era trabalhador, não mexia com ninguém. Era do trabalho para casa e de noite fazia o curso no IFP [Instituto Federal da Paraíba] em Cabedelo. Queria ser cozinheiro, embarcar”, comentou a tia de Marcelo, Ana Lúcia do Nascimento.
Ela afirmou que pessoas que estavam no local no acidente viram o carro envolvido no acidente fazendo racha na rodovia.
“O carro vinha fazendo pega, sem placa, sem nada. Bateu nele e jogou ele lá fora. A gente só pede justiça. O que a gente quer é justiça”, comentou.
Os moradores da área próxima ao acidente ficaram revoltados com a morte do jovem e fecharam parte da rodovia.
MOTORISTA FOI LIBERADO
O motorista do carro de luxo, o empresário Antônio Gerbase Neto, de 34 anos, foi encaminhado para o Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp) de Manaíra, para prestar depoimento.
A delegada Deiby Ismael informou que a princípio o empresário deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O empresário e o advogado dele não quiseram falar sobre o caso.
Em seu depoimento, o motorista afirmou que o jovem ficou paralisado no momento em que viu o carro e o impacto foi inevitável por conta do trânsito.
“Ele falou que estava se dirigindo à residência da mãe, em Camboinha, quando de repente ele viu que a vítima estava puxando a bicicleta. Quando viu o carro, a vítima ficou paralisada, sem ação e ele ficou sem ter como evitar o acidente devido ao trânsito. Então foi inevitável a colisão”, comentou Deiby Ismael.
Na delegacia se recusou a fazer o teste do bafômetro, embora segundo a delegada, o empresário não apresentasse sinais de embriaguez.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), rejeitar ser submetido ao teste é considerado uma infração de trânsito.
O empresário deve ser multado, ter a carteira de habilitação apreendida e pode ter o direito de dirigir suspenso.
O fato de o empresário estar dirigindo um veículo sem licenciamento, é considerado um ato infracional gravíssimo.
Antônio Gerbasi Neto foi autuado em flagrante e liberado após pagamento de fiança.
A delegada informou que não vai divulgar o valor da fiança.
A investigação continua, ele vai continuar respondendo o processo em liberdade.
O inquérito será encaminhado para a 7ª Delegacia Distrital de Cabedelo, para o delegado Isaías Olegário, que tem trinta dias para concluí-lo.
O carro de luxo envolvido no acidente vai ficar apreendido na Central de Polícia, em João Pessoa.
De acordo com a delegada Roberta Neiva, se confirmada a alta velocidade do veículo, o crime de trânsito não necessariamente se transforma em homicídio doloso.
"A característica principal do crime culposo é você agir de maneira imprudente, negligente ou imperita. Então se ele estava em velocidade acima do permitido, há uma imprudência, mas isso não alça necessariamente a um crime doloso pelo dolo eventual. É importante que as pessoas entendam que há uma legislação própria que permite instrumentos como, por exemplo, a fiança", disse.
(G1 PB)

3 comentários:

  1. Bandido,cadeia nesse irresponsável matou um rapaz jovem que tinha muitos sonhos pra conquistar.lamentavel

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  2. Foram palhaços que fizeram essas leis. E outros palhaços cumprem. Tudo isso é brincadeira. Matar nesse país virou coisa banal. Isso nos revolta, e que Deus possa dar forças a essa família.

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  3. Foram palhaços que fizeram essas leis. E outros palhaços cumprem. Tudo isso é brincadeira. Matar nesse país virou coisa banal. Isso nos revolta, e que Deus possa dar forças a essa família.

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