segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

MANIFESTANTES OCUPAM GRAMADO DO CONGRESSO EM ATO A FAVOR DA LAVA JATO; IMAGENS DE RATOS SÃO LANÇADAS NO ESPELHO D'ÁGUA DO CONGRESSO, EM BRASÍLIA

Manifestantes se reuniram na manhã deste domingo (04/12) em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, em um ato a favor da operação Lava Jato e contrário às mudanças no projeto de lei com medidas anticorrupção.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, entre 4 mil e 5 mil pessoas estiveram no gramado no auge do protesto.

Organizadores estimaram a presença de 10 mil pessoas.
O protesto começou pouco depois das 10h00, no gramado em frente ao Congresso.
Em meio à chuva forte, lideranças dos movimentos anunciaram o fim do ato por volta das 12h15, em um dos carros de som posicionados no local.
A manifestação foi pacífica, segundo as forças de segurança.
Durante o ato, os manifestantes cantavam o Hino Nacional e gritavam palavras de ordem contra parlamentares – incluindo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – e a favor do juiz Sérgio Moro.

Ratos de papel e de plástico foram jogados no espelho d'água em frente ao Congresso.
Segundo os participantes do protesto, os animais representavam uma crítica aos deputados e senadores.
RENAN E LAVA JATO
Um dos principais alvos do protesto, Renan Calheiros foi desenhado como um rato num caminhão de som que animou os manifestantes.
Na semana passada, o parlamentar se tornou réu pela primeira vez no Supremo Tribunal Federal (STF), por suposto desvio de verba de gabinete.
O peemedebista é também o principal defensor de uma proposta que busca atualizar a atual legislação contra o abuso de autoridade.
O projeto de lei de sua autoria recebeu críticas do juiz Sérgio Moro e da força-tarefa do Ministério Público responsável pela Operação Lava Jato.
Para magistrados e procuradores, se aprovado, o texto vai inibir as investigações e punições contra a corrupção.
'RENAN CALHEIROS ENTENDE QUE AS MANIFESTAÇÕES SÃO LEGITIMAS', DIZ PRESIDÊNCIA DO SENADO
A votação do projeto foi marcada para a próxima terça-feira (06) no plenário do Senado.
Na última quarta-feira (30/11), Renan sofreu uma derrota na Casa ao tentar aprovar o regime de urgência para acelerar a tramitação das mudanças promovidas pela Câmara nas medidas contra a corrupção propostas pelo Ministério Público.
Assim como o projeto de Renan, o texto prevê uma série de punições a juízes e procuradores.
Neste domingo, a presidência do Senado disse que Renan afirmou que "entende que as manifestações são legítimas".
Procurada, a Câmara dos Deputados disse que "recebe com atenção e respeito as manifestações que são legítimas e democráticas" e que "manifestações desse tipo, em caráter pacífico e ordeiro, servem para oxigenar nossa jovem democracia e fortalecem o compromisso do Poder Legislativo com o debate democrático e transparente de ideias".
(G1 Brasília)

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