sexta-feira, 2 de junho de 2017

COMANDO DA PM FAZ ALERTA À EMPRESA QUE ORGANIZA MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO; PREFEITO ROMERO CRITICA ALERTA DA PM

O comandante do Comando de Policiamento Regional (CPR1), coronel Almeida Martins, afirmou que a nova estrutura do Parque do Povo oferece riscos à população, em caso de uma superlotação, por conta de uma ausência de catracas no local.

Em entrevista nesta sexta-feira (02/06) o coronel ponderou que foi solicitada a implantação de catracas no local da festa, através de um documento público encaminhado ao Ministério Público, mas que até o presente momento o pedido não foi atendido.
Ele destacou que em caso de uma grande turbulência no evento, que tem a abertura nesta sexta-feira, haverá possibilidade de mortes.
As catracas solicitadas são na parte superior, onde ficam os camarotes e o palco principal.
O Parque do Povo hoje é uma ilha fechada. Como é que eu posso calcular a quantidade de pessoas a olho nu em um ambiente demasiadamente fechado. Lá existe uma placa de que a quantidade de pessoas de 21.177 pessoas e se der um problema lá hoje à noite a culpa vai ser da Polícia Militar. Quero que a população de Campina saiba que enquanto os artistas estão tocando, a Polícia Militar está preocupada com a quantidade de pessoas. E se tiver lá hoje à noite 50 mil pessoas num espaço que só cabe 15 mil? A responsabilidade será de quem? Precisamos compartilhar essa informação, para que a empresa que ganhou a licitação seja responsável e ainda dá tempo de colocar essas catracas hoje. Se houver uma turbulência de cunho macro vai morrer gente pisoteada, e vai dar trabalho para a PM e o Corpo de Bombeiros. Nós mandamos para o Ministério Público essa demanda”, pontuou.
A autoridade policial ainda frisou que há outros problemas dentro do Parque do Povo, como a montagem de umas tendas com gradis para proteger os freezeres que vão distribuir as bebidas da festa.
Ele ponderou que em uma possível briga, as pessoas podem quebrar esses gradis e usar como armas.
O coronel explanou que a polícia vai monitorar com câmeras, com seis plataformas dentro do Parque do Povo, e outras formas de policiamento, mas que um detalhe, como o das catracas, pode acabar com um trabalho que poderia ser 100%.
As declarações repercutiram na Rádio Correio FM, nesta sexta-feira.
PREFEITO ROMERO CRITICA ALERTA DA PM
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, criticou as declarações do comandante do Comando de Policiamento Regional (CPR1), coronel Almeida Martins, em relação à falta de catracas na parte superior do Parque do Povo, onde ficam os camarotes e o palco principal.
Romero destacou que o modelo que está sendo empreendido no Parque do Povo acontece desde a época da ex-prefeita Cozete Barbosa, e que o coronel está desatualizado sobre o evento.
O gestor frisou que a diferença feita este ano é que a Rua Sebastião Donato foi deixada livre e houve um recuo na proteção lateral no entorno do Parque do Povo.
O tucano indagou ainda se a solicitação feita pela Polícia Militar não seria uma medida do Governo do Estado para desestabilizar a festa, já que não houve nenhum tipo de incentivo por parte do governador Ricardo Coutinho.
Convido a todos para visitar o Parque do Povo. Ele está muito mais amplo, pois aquelas barracas que haviam no espaço central foram retiradas. Ficou uma arena muito maior tanto na parte superior, quanto inferior. Este ano estamos uma maior facilidade de acesso, o que também vai permitir uma maior fiscalização. Em relação ao público, 21 mil pessoas nunca foi o espaço do Parque do Povo. Só na parte superior a previsão é de 50 mil pessoas e com a mudança de local dos camarotes, ampliou o espaço para mais 10 mil. Essas catracas que foram sugeridas iriam atrapalhar mais do que ajudar. A Polícia pode fazer uma contabilização por projeção, como faz em grandes eventos. A festa está bem estruturada e está muito melhor […] Precisamos sim da presença importante da Polícia dentro do evento, pois inibe muita coisa. Não sei se essa solicitação foi orientação do Governo do Estado para desestabilizar, para criar uma insegurança na realização do evento. Não sei se veio com esse recado. Se fazia uma reunião dessas (se referindo a reunião da cúpula de segurança), em anos anteriores, com pelo menos trinta dias antes da festa para se ter tempo hábil para qualquer solicitação. Não agora, chegando no dia anterior e dar uma recomendação, que parece de caso pensado para desestabilizar o evento”, comentou.
As declarações repercutiram na Rádio Correio FM, nesta sexta-feira.
(Do Paraíba online)
(Foto: Demétrio Costa e Emanuel Tadeu/Top Midia Comunicação)

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