quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

MULHER É PRESA AO MATAR GRÁVIDA; ELA ABRIU A BARRIGA DA VÍTIMA PARA ROUBAR BEBÊ. CRIANÇA ESTÁ INTERNADA EM ESTADO GRAVE

A grávida que foi morta e teve a filha retirada da barriga por uma mulher em Uberlândia nesta terça-feira (05/12) estava viva na hora do parto.
A informação foi passada durante coletiva nesta quarta-feira (6) pelo delegado da Polícia Civil, Rafael Herrera.

Em depoimento, Aline Roberta Fagundes afirmou que tomou a atitude porque queria manter perto o homem por quem estava apaixonada e dar um filho a ele.
Herrera relatou que a suspeita deu várias versões do crime e que acredita que ela tenha agido sozinha.
Gabrielle Barcelos Silva tinha 18 anos e estava grávida de oito meses. 
Ela era conhecida de Aline Fagundes e na noite do crime tinha ido à casa dela, no Residencial Monte Hebron, após uma promessa de ganhar roupas de bebê.
Mas ela foi dopada e teve a criança retirada com um estilete da barriga
O corpo foi encontrado caído no quintal da casa pelo filho da suspeita, que acionou a polícia.
A bebê foi socorrida e levada para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde permanece internada em estado grave.
"POR AMOR"
"Eu gosto demais dele e ele entrou na minha vida em um momento decadente. Eu fiz por amor, mas não fiz sozinha", declarou Aline.
A mulher de 37 anos disse ao G1 que cometeu o crime por amor ao companheiro, confrontando então a investigação da polícia. 
Segundo Aline Fagundes, ela contou com a ajuda do marido e de outro homem.
Em um dos primeiros depoimentos, a suspeita do crime afirmou que o companheiro, de 34 anos, sabia de todo o plano e que ajudou a esconder o corpo da vítima.
Mas ele negou participação e declarou que antes de sair do trabalho ouviu de Aline que a filha dos dois nasceria na terça-feira.
O homem chegou a ser detido na noite de terça, mas em seguida foi liberado e segue sendo investigado pela Polícia Civil, que pretende encerrar o inquérito em até dez dias.
INVESTIGAÇÃO E VERSÕES
Durante a coletiva da Polícia Civil, o delegado Rafael Herrera informou que Aline Fagundes está presa preventivamente por homicídio qualificado, abordo sem consentimento da gestante e ocultação de cadáver.
Ela já foi encaminhada para o Presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia e aguarda os próximos passos do inquérito.
Sobre os depoimentos, Herrera contou que a suspeita mudou a versão do crime várias vezes.
"Desde que foi presa ela mudou quatro vezes e mente de maneira convicta. A última versão ela envolveu mais pessoas no crime, no entanto, ainda não tem nenhum elemento que o marido ou outra pessoa auxiliou no caso. A Aline se envolveu em um amor doentio e estava fazendo de tudo para manter o marido, por isso inventou um golpe da barriga, não conseguiu engravidar e realizou o assassinato", disse.
O delegado também informou que o casal se conheceu pela internet e que tinha um relacionamento desde fevereiro.
Há duas semanas eles separaram e o homem estava morando com familiares.
CRIME
O homicídio ocorreu no Residencial Monte Hebron na tarde de terça-feira.
A vítima de 18 anos foi encontrada pelo filho da suspeita do crime que, ao chegar à residência, viu um corpo enrolado em um colchão que estava no quintal, além de várias marcas de sangue pelos cômodos.
O adolescente de 14 anos estava sozinho na casa e chamou a polícia.
A Polícia Militar (PM) explicou que, no mesmo momento em que foi acionada pelo adolescente, também recebeu informações do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) sobre uma mulher e um bebê que deram entrada no hospital.
A paciente disse que deu à luz em casa sozinha. 
No entanto, os médicos desconfiaram da história, pois avaliaram que, dadas as condições físicas apresentadas pela mulher, seria impossível que ela tivesse passado por um parto em casa no mesmo dia.
O casal não têm antecedentes criminais e até a publicação desta reportagem não havia sido constituído advogado de defesa para Aline Fagundes.
Na coletiva desta quarta-feira, o delegado Rafael Herrera comentou que, acredita que após atrair a gestante de oito meses até a casa onde mora prometendo doar roupas de bebê, Aline Fagundes dopou a jovem com tranquilizantes e usou um estilete para abrir a barriga dela e retirar a criança.
"Ela monitorou as grávidas do bairro e por cerca de três semanas começou conquistar a confiança de Gabriele", acrescentou.
Herrera também comentou que a todo o momento a suspeita falava por WhatsApp com o companheiro que estava em trabalho de parto e chegou a mandar foto da bebê após o nascimento.
Agora, os celulares deles serão periciados.
Bebê Sophia
A criança que está sendo chamada de Sophia segue internada em estado grave na UTI Neonatal do HC-UFU sob a responsabilidade da família de Gabrielle. 
Um dia antes de morrer, a jovem publicou no Facebook sobre a ansiedade da espera pela primeira filha.
"[...] No começo me assustei, mas logo fui acostumando e hoje sou a mulher mais completa do mundo por estar te carregando minha filha. Falta pouco para poder ver seu rostinho, te acariciar mais do que tudo nesse mundo, ver seu papai babando por você, porque sei que ele será um ciumento que dói com você, minha filha. Estamos te esperando aqui. [...] Falta pouco pra te conhecer, minha princesa", escreveu Gabrielle na publicação.
(Por G1).
EM 2012 UM CASO SEMELHANTE
A Polícia Civil do Amazonas prendeu, em Manaus, em setembro de 2012 uma mulher acusada de ter aberto a barriga de uma grávida para tentar roubar o bebê.
O crime cometido pela empregada doméstica Dayana Pires dos Santos, 21 anos, causou espanto até entre os policiais que trabalharam no caso.
Ela teria dominado Odete Pego Barreto, 22 anos, atingindo-a com uma tábua de cortar carne.
Depois abriu a barriga de Odete, grávida de nove meses, usando uma lâmina de barbear, retirando o bebê, numa cesariana forçada.
O caso aconteceu na residência de Dayana, localizada no bairro Mauazinho, zona sul de Manaus.
Segundo a polícia, a doméstica premeditou o crime.
A mãe foi internada em estado grave no Hospital João Lúcio, na zona leste da capital do Amazonas e sobreviveu.
Dayana foi presa ainda em flagrante e o bebê está internado no mesmo hospital, mas não corre risco de vida.
De acordo com informações da polícia, Dayana confessou que tentou tirar o filho da vítima à força porque "teve medo de perder o marido" depois que descobriu não estar grávida.
Ela teria conhecido Odete ainda nas consultas de pré-natal realizadas em uma unidade de saúde localizada no bairro onde mora.
"Ela disse que estava com mais de seis meses e que não tinha enxoval. Falei para ir até minha casa que eu daria o que tinha comprado", disse Dayana durante seu depoimento à polícia.
Ela explicou como fez a cesariana à força.
"Eu bati na cabeça dela com uma tábua de cortar carne. Ela caiu e eu usei uma lâmina de barbear para fazer o parto", confessou Dayana.
O marido de Dayana, José Lira de Oliveira, 32 anos, informou à polícia que acreditou na gravidez da esposa "porque ela apresentava uma barriga grande".
Odete foi encontrada por uma vizinha, que entrou na casa procurando roupas para levar à maternidade.
A vítima estava nos fundos da casa coberta por papelão.
(Terra)

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