quinta-feira, 5 de julho de 2018

MÃE E FILHO SÃO SUSPEITOS DE MATAR MÉDICO EM PERNAMBUCO. ENTENDA


“Tudo leva a crer que foi premeditado”, diz chefe da Polícia sobre morte de médico
Mais partes do corpo do médico cardiologista e advogado Denirson Paes da Silva, de 54 anos, foram achadas nesta quinta-feira (05/07), na casa onde a família vivia em Aldeia, Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.

Os primeiros restos mortais haviam sido achados na quarta (4), quando o crime foi revelado.
A esposa e o filho mais velho são suspeitos e foram presos preventivamente nesta tarde. "Tudo leva a crer que houve premeditação. Como ela [Jussara, a esposa] silenciou, tudo leva a crer na premeditação. Se sugere uma preparação", afirmou chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle, durante coletiva de imprensa nesta tarde.
Joselito disse que nem a esposa de Denirson - a farmacêutica baiana Jussara Rodrigues Silva Paes, 54 - nem o filho mais velho do casal - o engenheiro civil Danilo Paes, 23 - deram informação alguma ao prestar depoimento, disseram que só falariam em juízo.

A perícia constatou que houve muita limpeza na casa da família depois do crime, mas com o uso do luminol, foram identificados vestígios de sangue em três banheiros da casa, principalmente no banheiro da piscina.
Ainda segundo Kehrle, também jogaram na cacimba, onde o cadáver estava escondido, cloro líquido e em pastilha pra evitar a proliferação de bactérias.
Além disso, as paredes do local foram pintadas e funcionários contaram à Polícia, em depoimento, que lavaram diversas vezes o banheiro da área da piscina.
O perito do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) Fernando Benevides contou que, por ter muitas substâncias químicas nos restos mortais, pode ser difícil identificar se a causa da morte foi por veneno ou drogas. "É importante frisar que estava uma massa de restos mortais que sofreu muita reação química e em estado avançado de decomposição. O adequado seria encontrar vísceras que não tivessem sofrido reação tão danosa, porque foram usadas muitas substâncias para evitar o cheiro característico da decomposição e isso prejudica o trabalho.", disse.
Ainda segundo ele, apesar da dificuldade de se identificar substâncias, especialistas irão investigar.
Segundo o tenente-coronel Francisco Cantarelli, comandante do Grupamento de Bombeiros de Salvamento, o material encontrado na cacimba não se trata de um corpo inteiro, mas de restos e pequenos pedaços.
"Ontem [quarta] foi encontrado um material um pouco mais denso, três pedaços longos, um com a forma de um pé, uma estrutura parecida com uma tíbia humana, e mais dois pedaços, não se precisando que forma seria", contou.
Nesta quinta, ainda segundo o comandante, foram retirados entulhos de construção para facilitar o trabalho dos peritos e foram encontrados mais dois ossos, provavelmente da mesma ossada.
ENTENDA O CASO
O desaparecimento do médico cardiologista Denirson Paes da Silva vinha sendo investigado há quase um mês.
Em um Boletim de Ocorrência registrado no último dia 20 de junho sobre o desaparecimento do marido, a farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, alegava que a vítima teria viajado para fora do País e que não teria retornado.
A delegada Carmem Lúcia desconfiou do envolvimento dos familiares e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio em que eles moravam.
Para a polícia, há indícios suficientes da participação de mãe e filho na ocultação do cadáver do médico, encontrado nesta quarta-feira (4) dentro de uma cacimba na casa onde morava, no condomínio Torquato Castro, na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.
As investigações continuam a fim de esclarecer a motivação e a conduta de cada um.
Vizinhos do médico afirmaram que dois funcionários dele prestaram depoimento. 
Um deles teria afirmado que a esposa da vítima o chamou dias atrás para fechar, com cimento, uma cacimba que já estaria fechada com uma tampa "bastante pesada para ser carregada por uma pessoa só".
O homem teria notado um mau cheiro, mas a farmacêutica alegou que um gato tinha morrido dentro da cacimba.
O segundo funcionário contou à polícia que o médico, pouco antes de desaparecer, tinha explicado a ele que não precisaria mais de seus serviços porque estaria se separando e iria morar no Recife.
(Por: Portal FolhaPE, com informações de Renata Coutinho, da Folha de Pernambuco)

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