segunda-feira, 25 de março de 2019

ELES NÃO LAVARAM AS MÃOS

Certamente que os clientes da Cagepa (de Campina Grande e das outras oito cidades que usufruem da água de Boqueirão) precisam saber sim se o incêndio na subestação em Gravatá foi criminoso ou não.

Foram dias de tormento, pânico, temor, estresse e muita cobrança.
Justa cobrança até.
Afinal: a gente é consumidor e sem a água que nós pagamos “não tem acordo”.
Em Campina Grande, por exemplo, vi cenas comoventes e degradantes de pessoas em busca de água.
Em meio ao desastre, pude ouvir e acompanhar que, diante de tudo que ocorreu, os funcionários da Cagepa passaram a ser cobrados fortemente, incessantemente e até insultados de maneira leviana.
As palavras “incompetência” e “sucateamento” marcaram esse episódio da falta de água.
Na verdade, numa situação dessas estava “claro” que o governo do estado, o presidente da Cagepa, o diretor regional, engenheiros e demais funcionários levariam porradas de todos os lados.
Foi o que aconteceu.
E não havia solução a não ser encontrar solução.
Mas é preciso ser justo com quem deu a cara à tapa.
Me refiro aos funcionários “peões” (e aqui não há nada pejorativo) que se desdobraram e se doaram para reestabelecer o sistema.
Alguém tinha que fazer algo e eles fizeram.
São remunerados para isso? São!
E qual funcionário não é?
No entanto, valorizar um funcionário pelo seu empenho não é jogar confetes.
É preciso reconhecer isto.
Eles não lavaram as mãos.
Atenciosamente,
Renato Diniz
(Por www.renatodiniz.com)
Foto: Wilton Maia Velez

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