A Polícia Civil concluiu o inquérito do acidente que matou dois estudantes e feriu outras 31 pessoas na PB-077, próximo ao município de Pilões, no Brejo da Paraíba, em 1º de abril.
De acordo com o delegado Walter Brandão, o
secretário de educação e o diretor de transportes de Pilões foram indiciados,
assim como o dono da empresa do ônibus que transportava os estudantes, por
duplo homicídio qualificado culposo e lesão corporal culposa no trânsito,
quando não há intenção de matar.
O delegado informou também que fez um
pedido de autorização ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) para abrir
investigação contra a prefeita da cidade de Pilões, Soraya Ferreira, já que ela
tem a prerrogativa de foro privilegiado.
Conforme as investigações, o ônibus
escolar apresentava várias falhas que foram determinantes para o acidente
acontecer.
O inquérito constatou, após perícia
realizada, as seguintes falhas:
*Ausência de cintos de segurança em
todas as poltronas;
*Falta de disco no tacógrafo, que
impossibilitava o monitoramento de velocidade;
*Falha mecânica no sistema de
freios;
*Fissuras na mangueira que enviava
ar comprimido ao sistema de freio.
De acordo com a Polícia Civil, todas as
falhas constatadas no inquérito evidenciam negligência dos indiciados.
Foram indiciados Fabiano Cassimiro dos
Santos, Secretário de Educação, Francisco José Fernandes de Souza, diretor de
transportes do município e o dono da empresa do ônibus, Adriano Pinheiro da
Silva.
RELEMBRE O CASO
Em 1º de abril , um ônibus escolar que
fazia o transporte de estudantes de Pilões a Guarabira tombou na PB-077, numa
região conhecida como Ladeira do Espinho que fica nas proximidades do município
de Cuitegi.
No acidente, dois adolescentes morreram e
31 ficaram feridos. Entre os feridos, uma menina que teve a mão amputada.
Os mortos são Gustavo Batista Belo da
Silva e Fátima Antonella Guedes de Albuquerque, de 13 e 15 anos
respectivamente.
Durante as investigações iniciais,
descobriu-se que o veículo do acidente não tinha passado por nenhum tipo de
vistoria e estava irregular para uso.
Desde o começo das investigações, a
possibilidade do acidente pode ter sido causado por problemas no freio foi
aventada.
A suspeita foi levantada e explicada pelo
tenente Glauco, do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o tenente, a pista onde o
ônibus tombou não tem marcas de frenagem. Isso, de acordo com ele, indica o
problema.
Já o perito Miguel Sales, da Polícia
Civil, confirmou que o tombamento aconteceu em uma curva e que, depois disso, o
veículo se arrastou pelo asfalto.
O ônibus foi contido quando bateu em uma
mureta, que impediu que ele caísse em uma ribanceira.
(Do g1 PB)
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