Em 2018 o Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
criou o Hall da Fama do Esporte.
Segundo o presidente do COB, Marco Antônio
La Porta, não é preciso ser medalhista olímpico para estar no Olimpo do
esporte.
“A medalha é apenas um detalhe do
processo. É a contribuição do atleta para o movimento, a inspiração dele para
os Jogos, isso é o que conta. A gente precisa contar a história do esporte para
incentivar jovens atletas.”
A ginasta Daiane dos Santos, que hoje tem
42 anos, marcou uma geração inteira fazendo acrobacias nos exercícios de solo,
foi campeã do mundo em 2003 e, na noite desta terça-feira (13/05), em cerimônia
de gala no Copacabana Palace, foi uma das quatro atletas incluídas no Hall da
Fama.
No palco, em lágrimas, Daiane disse que
era “difícil descrever um sentimento”, mas que se sentia “lisonjeada
representando a ginástica, o esporte brasileiro e tantos outros grandes atletas”.
O Hall da Fama do COB não estaria completo
se lá não estivesse o tenista Gustavo Kuerten, tricampeão do torneio de tênis
Roland Garros em 1997, 2000 e 2001.
Guga foi a grande atração da noite e
agora, mais do que nunca, está eternizado entre vários outros heróis do esporte
nacional.
“Tanto os que aqui já passaram e são
homenageados, como Joaquim Cruz, Bernard, William, Hortência, Paula,
Ricardinho, todos esses nomes fizeram a gente sonhar. Daí pensava: sou
brasileiro também e vai dar certo, tem que funcionar. Vamos valorizar essa capacidade
que temos de transformar a vida de milhões de brasileiros”, afirmou o
tricampeão.
Edinanci Silva, que saiu de Sousa, na
Paraíba, para participar de quatro Olimpíadas, foi a terceira homenageada.
A judoca trouxe um mandacaru de madeira
como amuleto, um regionalismo que sempre a acompanhou.
“Nunca esqueci das minhas raízes,
sempre carreguei um pedacinho de rapadura para o Japão, para a Alemanha, onde
fosse competir. Sempre quis manter o vigor para representar bem o esporte,
principalmente daquela região que é especial.”
O atirador Afrânio da Costa, falecido em
1979, é o quarto atleta incluído no Hall da Fama, mas poucas pessoas se lembram
dele.
E é para isso que existe a homenagem e a
inclusão da biografia do esportista na página do COB na internet.
Ele foi o primeiro medalhista olímpico
brasileiro, ganhou prata e bronze nas provas de pistola livre a 50 metros
individual e por equipes, nos Jogos de Antuérpia, Bélgica, em 1920.
O atirador contemporâneo Felipe Wu, prata
nos Jogos do Rio 2016, disse que foi Afrânio quem conseguiu armas emprestadas
com os norte-americanos para competir naquela época.
“Logo depois se destacou na parte
administrativa. Ele teve uma grande relevância nos primórdios do esporte.”
Com os quatro homenageados da terça,
atualmente são 39 os atletas eternizados no Hall da Fama do Esporte e é
possível conhecê-los nesta página do COB.
(Com Agência Brasil)
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