O comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Sérgio Fonseca, afirmou nesta segunda-feira (18/08), acreditar na versão dos policiais que foram presos suspeitos da morte de cinco jovens durante uma ação policial na cidade do Conde, na Paraíba.
A prisão dos PMs aconteceu durante uma operação.Foram expedidos seis mandados de prisão temporária, mas apenas cinco foram cumpridos.
Os policiais militares investigados são:
Tenente Álex William de Lira Oliveira; Sargento Marcos Alberto de Sá Monteiro;
Sargento Wellyson Luiz de Paula (RP do 7º BPM); Sargento Kobosque Imperiano
Pontes; Cabo Edvaldo Monteval Alves Marques; Soldado Mikhaelson Shankley
FerreiraMaciel.
"Nós acreditamos na versão dos
policiais. Caso seja comprovado o contrário, eles vão pagar",
disse Sérgio Fonseca, em entrevista à TV Cabo Branco.
O comandante-geral da PM destacou que a
prisão dos cinco policiais envolvidos no caso se trata de uma medida
temporária, não uma condenação.
Ele afirma ainda conhecer os policiais e
acreditar que tenha acontecido um confronto durante a ação que resultou na
morte dos jovens.
A tese de confronto foi apresentada pelos
PMs.
"O que aconteceu foi uma prisão
temporária. Essa prisão temporária não significa condenação. Os nossos
policiais, assim como qualquer cidadão, têm o direito do princípio da presunção
de inocência. Como comandante, conhecendo os policiais, eu acredito que tenha
tido confronto", disse ele.
De acordo com a perícia, não houve
confronto.
Os laudos apontaram que os dois carros
onde estavam os jovens foram atingidos por 90 disparos feitos de fora para
dentro.
Apenas um tiro foi disparado de dentro de
um dos veículos, segundo a investigação.
"Eu não sei o que aconteceu
naquele dia, tenho que acreditar no que os policiais falaram. Agora se a
Polícia Civil e o IPC encontrarem indícios de execução, vai ser provado. Não
tenho dúvida que a Justiça paraibana vai dar oportunidade deles se defenderem",
completou o comandante da PM.
A prisão de policiais envolvidos na morte
de cinco jovens no Conde repercutiu entre familiares das vítimas.
Mães e parentes foram até a Cidade da
Polícia, nesta segunda-feira (18), com cartazes e fotos dos filhos em protesto.
Elas afirmaram que não acreditavam que
haveria justiça e receberam com surpresa a notícia da prisão temporária dos
agentes.
RELEMBRE O CASO
Uma operação da Força Tática do 5º
Batalhão da Polícia Militar terminou com a morte de cinco jovens na noite de 15
de fevereiro.
O caso aconteceu horas depois de um feminicídio registrado no
Conde e, segundo a PM, o grupo estaria se preparando para uma retaliação.
As vítimas foram identificadas
como:
Fábio Pereira da Silva Filho, 26 anos;
Emerson Almeida de Oliveira, 25 anos;
Alexandre Bernardo de Brito, 17 anos;
Cristiano Lucas, 17 anos;
Gabriel Cassiano de Sousa, 17 anos (filho
de Ana Gabriela, vítima do feminicídio).
De acordo com a versão apresentada pela
Polícia Militar, os jovens estavam em dois carros e teriam trocado tiros com os
policiais.
(Do g1 PB)
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