quinta-feira, 21 de agosto de 2025

FÁBRICA CLANDESTINA PRODUZIA FUZIS AR-15 PARA FACÇÕES DE SP E RJ

Uma fábrica clandestina de armas descoberta na madrugada desta quinta-feira (21/08) em Santa Bárbara d'Oeste abastece facções criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A informação é do setor de inteligência da Polícia Militar.

Dois suspeitos foram presos.
Durante operação conjunta com a Polícia Federal, as equipes apreenderam 40 fuzis modelo AR-15, que já estavam em fase de finalização, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) de São Paulo.
Na fábrica clandestina, eram produzidas armas usando usinagem e softwares de precisão.
PEÇAS PRODUZIDAS POR IMPRESSORA 3D
A investigação constatou que peças usadas na fabricação das armas eram produzidas com uso de impressora 3D.
"Essas peças não foram produzidas num modo comum, por impressora 3D, mas por usinagem, onde a peça é completa, robusta e muito mais resistente.
Então, nos chama a atenção a precisão, a quantidade e a forma que eram produzidas essas armas", informa o delegado da PF.
"Nós voltamos à fábrica e constatamos ali que realmente existe uma grande quantidade de equipamentos milionários, com alta precisão e software necessário para produzir essas peças", disse o advogado.
INVESTIGAÇÕES
A PF recebeu informações sobre uma fábrica ilegal de armas de fogo, usando equipamentos industriais de alta precisão.
As investigações duraram cerca de dez dias.
PRISÕES

Dois homens suspeitos de fabricar os fuzis para as organizações criminosas foram presos nesta quarta-feira (20) no Bairro Novo Mundo, em Americana (SP), segundo a Polícia Federal.
A ação ocorreu enquanto a dupla descarregava peças usadas no armamento em uma casa.
Um dos presos, de 38 anos, mora em Campinas (SP), e o outro, de 33 anos, é morador de São João da Boa Vista (SP).
Os dois foram presos em flagrante por posse e comércio ilegal de arma de fogo.
As penas podem chegar a 18 anos de prisão.
No endereço indicado, em Santa Bárbara, foram encontradas máquinas, ferramentas e moldes usados na fabricação das armas. O local passou por perícia.
Ainda conforme informações da SSP, a dupla confessou que trabalhava na fabricação de armas e indicou o galpão onde elas eram armazenadas.
A Polícia Federal informou que vai continuar as investigações para identificar outros envolvidos no crime.
A FÁBRICA

Depois da denúncia, os policiais notaram uma "movimentação atípica" na fábrica que, supostamente, funcionava como unidade de produção de peças aeronáuticas.
"Nós vimos uma movimentação noturna, uma falta de movimentação durante o dia e nós começamos a acompanhar ali o que acontecia", explica Souza.
A equipe acompanhou os investigados até a casa em Americana e constatou que as caixas que estavam sendo descarregadas no local continham peças de fuzis.
No imóvel, além de fuzis, foram encontradas munições e outras peças de armas de fogo.
Os suspeitos disseram aos policiais que fabricavam réplicas do armamento, para vendê-las para compradores em diversos estados do Brasil.
(Do g1)

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