O Ministério Público da Paraíba conseguiu a condenação de Gilmar Andrade dos Santos a 81 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão, pelo homicídio qualificado do vigilante Diego Oliveira Mendonça e por tentativas de homicídio qualificado contra três policiais penais, em 2018, durante tentativa de resgate de preso numa clínica médica no Bairro Prata, em Campina Grande/PB.
O julgamento ocorreu nessa quinta-feira
(23/10), no Tribunal do Júri de Campina Grande e teve a atuação dos promotores
de Justiça Ernani Lucas Menezes e Osvaldo Lopes Barbosa.
Conforme a denúncia do MPPB, Gilmar
Andrade, preso pela prática de diversos crimes, era o detento que tentaram
resgatar, no dia 25 de junho de 2018, quando estava na clínica para tratamento
de saúde.
A trama criminosa foi arquitetada pelo
apenado Gilmar Santos e da companheira dele, que ficou encarregada de
transmitir suas ordens aos seus demais participantes e de realizar a marcação
do exame laboratorial, na clínica.
O CRIME, A FUGA FRUSTRADA...
No dia do crime, os cúmplices chegaram na
clínica em dois carros e abriram fogo contra os agentes penitenciários que
escoltavam Gilmar Andrade dos Santos.
Durante o ataque, o vigilante Diego
Oliveira, que estava em uma guarita na entrada da clínica, foi atingido na
cabeça e morreu no local.
Os disparos atingiram ainda diversos
veículos, inclusive a viatura penitenciária, a porta e parede da clínica.
Após a ação, fugiram e tentaram destruir as
provas do crime, atearam fogo em um dos veículos e seguiram caminhando, sendo
interceptado pela Polícia Militar ainda nas proximidades.
Dois foram reconhecidos pelas vítimas como
sendo os atiradores que desceram de um dos veículos.
10 pessoas foram denunciadas pelo MPPB, seis
já foram condenadas, em júri realizado em abril de 2023, a penas que chegaram a
78 anos de reclusão.
JULGAMENTO DE GILMAR
No Júri dessa quinta-feira, foram
submetidos a julgamento os réus Gilmar de Andrade Santos e Thalles Farias.
O Conselho de Sentença acatou a tese do
Ministério Público e condenou Gilmar de Andrade Santos pelo crime de homicídio
duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da
vítima) e às três tentativas de homicídio, totalizando uma pena de 81 anos,
quatro meses e 15 dias de reclusão.
O réu também foi condenado pelos crimes de
evasão mediante violência contra pessoa dano qualificado totalizando uma pena
de dois anos, quatro meses e dois dias de reclusão e a 100 dias multa.
Já em relação ao réu Thalles, o MPPB pediu
a absolvição por falta de provas, pedido acatado pelo Conselho de Sentença.
Outros dois réus seriam julgados nessa
quinta, mas pediram adiamento.
(Fonte: Ministério Público PB)

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