Garantir a qualidade das bebidas
destiladas é o foco dos pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba.
Eles criaram um método rápido e barato
para saber se alguma delas está contaminada com metanol.
O equipamento emite luz infravermelha na
garrafa, que pode estar lacrada.
A luz provoca uma agitação nas moléculas,
e um software recolhe os dados, interpreta as informações e identifica qualquer
substância que não faz parte da composição original da bebida, desde o metanol
até a adição de água, para fazer o produto render mais.
A pesquisa começou analisando cachaça, mas
pode ser usada para outros destilados.
“Essa metodologia foi capaz de, além
de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são
característicos da própria produção, ou se foi feita alguma alteração
fraudulenta como água ou algum outro composto”, afirma David Fernandes,
autor do artigo.
O método detecta adulterações em poucos
minutos, sem produtos químicos, com até 97% de acerto.
A pesquisa começou em 2023 e, em 2025, os
pesquisadores publicaram dois artigos sobre o método na revista
“Food Chemistry”, uma das principais
dedicadas à química e bioquímica dos alimentos.
Além de facilitar as análises em
laboratórios, o equipamento pode ser utilizado por órgãos controladores. Mas,
para isso, os pesquisadores estão tentando meios de produzir o método em grande
escala e já estão desenvolvendo um novo mecanismo de segurança: um canudo que
muda de cor ao entrar em contato com o metanol.
“A gente está desenvolvendo uma solução
em que vai ter um canudo impregnado com a substância química, que ao contato
com o metanol, ela vai mudar de cor. Isso vai fazer com que o usuário também
tenha uma segurança de, quando estiver consumindo a bebida, de que a bebida não
tem o teor de metanol”, diz Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da
UEPB.
(Do g1 PB)

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