A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira (20/08), o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), após conclusão das investigações que apuraram ações de coação no curso da Ação Penal n° 2668.
A ação penal investiga a possível
tentativa de golpe de Estado ocorrida entre 2022 e janeiro de 2023, em trâmite
no STF (Supremo Tribunal Federal).
“Eduardo Nantes Bolsonaro
[foi indiciado] pelos crimes de coação no curso do processo (...), obstrução de
investigação de infração penal que envolva organização criminosa (...) e
abolição violenta do Estado Democrático de Direito.”, diz trecho do
documento.
O processo foca no chamado "núcleo
crucial" dos atos antidemocráticos, acusados de orquestrar ações para
garantir uma permanência autoritária no poder, incluindo tentativas de ruptura
violenta da ordem democrática.
O relatório final da PF foi enviado ao STF
na sexta-feira (15), com indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro pelos crimes
de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de
Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
Eduardo, atualmente nos Estados Unidos,
teria usado a atuação internacional para tentar deslegitimar instituições
brasileiras e oferecer respaldo político ao pai.
As investigações também apontaram que Jair
Bolsonaro descumpriu diversas medidas cautelares impostas pelo Supremo.
BOLSONARO TROCOU DE CELULAR
A PF relatou que o ex-presidente
substituiu aparelhos celulares e utilizou redes sociais de forma indireta,
mesmo estando proibido, com apoio de aliados.
“A Polícia Federal apontou a
permanência e reiteração das práticas delitivas do réu Jair Messias
Bolsonaro, inclusive com vários descumprimentos das medidas cautelares
impostas judicialmente e acentuado risco de fuga.”
Um dos episódios descritos envolve o
pastor Silas Malafaia, que teria incentivado Bolsonaro a divulgar vídeos em
listas de transmissão do WhatsApp.
Em julho e agosto de 2025, Malafaia enviou
conteúdos para serem disseminados, que posteriormente apareceram em perfis de
terceiros, incluindo parlamentares e apoiadores do ex-presidente.
(Ig)
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