sábado, 30 de janeiro de 2016

BOMBA CHIANDO: PRESÍDIOS EM CAMPINA GRANDE SUPERLOTADOS “GUARDAM” QUASE 80 ACUSADOS DE ESTUPRO ENTRE 1.700 PRESOS

Como se não bastasse a estressante luta diária para manter a paz e ordem na Penitenciária do Serrotão e Presídio Padrão em Campina Grande, os agentes penitenciários das duas casas penais não podem piscar os olhos para não perder de vista uma parcela de presos considerados “indesejáveis”.
São 76 estupradores entre quase 1.700 presos.
Na Penitência do Serrotão eles são 53 num universo de 937 condenados pela justiça.
Já no Presídio Padrão eles são 23 de um total de 720 apenados.
Um detalhe: Serrotão e Padrão estão abarrotados.
Os dois têm hoje o triplo de suas capacidades.

Os presos condenados por outros crimes ou que esperam o pronunciamento da justiça, nunca aceitam estupradores “em seu meio”.
“Eu tirei cadeia no Serrotão. Passei oito anos lá e toda vez que a gente sabia que um preso tinha chegado acusado de estupro a gente tinha ódio. A mulher que um cara desses estuprou pode ser minha mulher ou minha filha ou a mulher ou a filha de quem tá lá. Esses safados são pra morrer mesmo”, contou ao renatodiniz.com J.F.M, 40 anos, motorista, que cumpriu pena por homicídio.
“Estupradores são a escória e o que há de mais abominável e indesejado dentro de um presídio. Não são respeitados pelos outros presos, e durante qualquer rebelião ou motim, são a bola da vez, ou seja, tem sempre um ou dois pagando o crime de estupro com vida. Eu como advogado não tenho e não quero cliente acusado de estupro”, disse um advogado ao renatodiniz.com.
No Presídio Padrão “os acusados de estupro ficam numa área chamada ‘seguro’, distante do setor onde ficam os demais presos. Nós estamos sempre atentos. Essa parcela de presos tem realmente que ficar em outro local. Então é fundamental manter a ordem, a disciplina e controle no presídio”, afirmou Anselmo de Vasconcelos, diretor.
Na Penitenciária Raimundo Asfora (Serrotão), “Os acusados desse tipo de crime ficam geralmente num pavilhão do ‘seguro’ para evitar que sejam abusados sexualmente, espancados e até mortos”, informou o diretor Delmiro Nóbrega.
(www.renatodiniz.com)

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