sábado, 10 de maio de 2025

INDÍGENAS DA TRIBO TABAJARA VISITAM ESCOLAS DE MOGEIRO, CAMPINA GRANDE E UEPB

Um grupo indígena da Aldeia Gramame, pertencente à Tribo Tabajara, que está localizada na Região Sul da Paraíba, fez visitas e palestras a uma escola e creches no munícipio de Mogeiro, na manhã da última quinta-feira (08/05) logo em seguida o grupo se deslocou para Campina Grande, onde as mesmas atividades foram realizadas na Escola Estadual Senador Humberto Lucena.

Já nesta sexta-feira (09) as atividades continuaram na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

As visitas fazem parte das comemorações do mês dos Povos Indígenas.
A mobilização dos indígenas e a realização das atividades foram coordenadas pelo professor, indigenistas e ativista social João Tavares da Silva Neto, enquanto isso, as palestras foram proferidas pelo Cacique Carlos Arapuã, líder da aldeia Gramame, as falas dele que tiveram como tema “A identidade do indígena com a terra e a territorialidade”, trouxeram reflexões sobre o ser indígena, o dia a dia dos povos originários e as lutas para  manterem esses territórios intactos.
Vivemos em constante batalha para preservarmos a mãe terra e tudo de bom que ela nos oferece”, completou o Cacique Arapuã.
A professora de sociologia da UEPB, doutora Cristiane Nepomuceno disse que a questão indígena é bem definida na Constituição Federal, quando o seu artigo 231, diz que a terra é fundamental para a pessoa indígena para garantir a sua sobrevivência, sendo dessa forma, imprescindível para manter a preservação dos recursos necessários para a reprodução cultural dos povos originários, a professora analisou que demarcar a terra indígena é pagar uma dívida histórica que essa nação tem com esses povos, garantindo assim, a sobrevivência física e cultural do indígena. 
Por sua vez, o professor Tavares Neto, destacou que as comemorações, lutas e reflexões dos indígenas precisam ser feitas várias vezes ao ano, para lembrar que os povos originários existem e quanto eles são importantes para o nosso país, país esse, que tem uma grande dívida com eles, pois, ao longo da história os massacrou e os exterminou.
Este ano, já tivemos em Brasília o Acampamento Terra Livre (ATL), que discute nas bases, em centenas de municípios brasileiros e as leis ora vigentes, é preciso estar sempre mostrando à população que os indígenas vêm sendo injustiçados e o livro didático continua nos devendo, à medida que não afirma ter sido uma invasão e um genocídio proposital ao povo brasileiro".
(Assessoria)

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