Um grupo indígena da Aldeia Gramame, pertencente à Tribo Tabajara, que está localizada na Região Sul da Paraíba, fez visitas e palestras a uma escola e creches no munícipio de Mogeiro, na manhã da última quinta-feira (08/05) logo em seguida o grupo se deslocou para Campina Grande, onde as mesmas atividades foram realizadas na Escola Estadual Senador Humberto Lucena.
Já nesta sexta-feira (09) as atividades continuaram na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).As visitas fazem parte das comemorações do mês dos Povos Indígenas.
A mobilização dos indígenas e a realização
das atividades foram coordenadas pelo professor, indigenistas e ativista social
João Tavares da Silva Neto, enquanto isso, as palestras foram proferidas pelo
Cacique Carlos Arapuã, líder da aldeia Gramame, as falas dele que tiveram como
tema “A identidade do indígena com a terra e a territorialidade”, trouxeram
reflexões sobre o ser indígena, o dia a dia dos povos originários e as lutas
para manterem esses territórios intactos.
“Vivemos em constante batalha para
preservarmos a mãe terra e tudo de bom que ela nos oferece”, completou
o Cacique Arapuã.
A professora de sociologia da UEPB,
doutora Cristiane Nepomuceno disse que a questão indígena é bem definida na
Constituição Federal, quando o seu artigo 231, diz que a terra é fundamental
para a pessoa indígena para garantir a sua sobrevivência, sendo dessa forma,
imprescindível para manter a preservação dos recursos necessários para a
reprodução cultural dos povos originários, a professora analisou que demarcar a
terra indígena é pagar uma dívida histórica que essa nação tem com esses povos,
garantindo assim, a sobrevivência física e cultural do indígena.
Por sua vez, o professor Tavares Neto,
destacou que as comemorações, lutas e reflexões dos indígenas precisam ser
feitas várias vezes ao ano, para lembrar que os povos originários existem e
quanto eles são importantes para o nosso país, país esse, que tem uma grande
dívida com eles, pois, ao longo da história os massacrou e os exterminou.
“Este ano, já tivemos em Brasília o
Acampamento Terra Livre (ATL), que discute nas bases, em centenas de municípios
brasileiros e as leis ora vigentes, é preciso estar sempre mostrando à
população que os indígenas vêm sendo injustiçados e o livro didático continua
nos devendo, à medida que não afirma ter sido uma invasão e um genocídio
proposital ao povo brasileiro".
(Assessoria)
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