Combater um esquema de fraude fiscal, suspeito de causar um prejuízo de aproximadamente "110 milhões de reais" aos cofres públicos da Paraíba, por meio da sonegação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Foi este o objetivo de uma operação
conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (GAESF),
juntamente com a Polícia Civil e MP.
Foram cumpridos 09 dos 10 Mandados de
Prisão preventiva e 13 de Busca e Apreensão, além do bloqueio de contas
bancárias e do sequestro de bens dos investigados.
Durante entrevista coletiva na sede do
Ministério Público, em Campina Grande, os representantes dos órgãos envolvidos
na Operação Baronato concederam entrevista coletiva.
A investigação já vinha se estendendo por
dois anos.
Uma pessoa encontra-se foragida em Campina
Grande onde foram presas três ligadas aos ramos de estivas e cereais.
Carros e motos de luxo, joias e dinheiro
foram apreendidos.
Bens dos investigados também foram sequestrados,
como também 97 contas bancárias.
Em Campina Grande as ações ocorreram no
Condomínio Alphaville e num prédio, no Bairro Mirante, bem como numa residência
do Bairro Itararé.
O esquema envolvia pessoas físicas e
jurídicas com atuação em João Pessoa e Campina Grande.
Além disso, empresas em Maringá (PR),
Morro do Chapéu (BA) e São Paulo (SP).
Conforme o fisco estadual, o grupo
simulava operações interestaduais para evitar o pagamento do ICMS e obter
vantagem competitiva.
Para isso as empresas mantinham filiais em
diferentes estados e utilizavam essas estruturas para internalizar e
comercializar produtos na Paraíba sem pagar o imposto devido.
A fraude era realizada por meio da falsa
transferência de estoque entre estados.
Ou seja: as mercadorias eram entregues
diretamente aos compradores, sem a emissão de nota fiscal e sem o pagamento do
ICMS.
Depois, os envolvidos passaram a efetuar
transferências irregulares de créditos fiscais.
Para ocultar os verdadeiros responsáveis e
dificultar a fiscalização, o grupo usava empresas registradas em nome de
terceiros.
Com essa artimanha, conseguiam desviar
valores de ICMS, que deveriam financiar políticas públicas paraibanas, e
esconder o patrimônio adquirido com o crime.
Participaram da operação 25 auditores
fiscais, seis promotores de Justiça, bem como 70 policiais civis, incluindo 13
delegados, e quatro procuradores do Estado.
OPERAÇÃO BARONATO
Batizada de “Operação Baronato”, a ação
faz alusão ao poder concentrado e à influência do grupo empresarial
investigado, cuja principal empresa traz no nome o título de “barão”.
(Por www.rnatodiniz.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.