domingo, 16 de fevereiro de 2014

O PEDREGAL, A POLÍCIA, A COMUNIDADE, O EXCESSO E O “MEDO”

O Site paraibaemqap publicou um artigo polêmico no dia 15 sobre a "Operação Tornado" e por isso vale uma leitura...

“Eles chegam quebrando a nossa porta sem nem saber quem está dentro”; “Só tinha cidadão de bem dentro de casa”; “A polícia tem que aprender a trabalhar direito”; “Se trouxer os policiais aqui na minha frente, eu aponto quem foi”.
Foi mais ou menos com essas palavras que alguns moradores do bairro do Pedregal, em Campina Grande, se posicionaram diante das câmeras de TV para denunciar possíveis excessos cometidos por alguns policiais, durante a Operação Tornado, realizada na quinta-feira (13/02), naquela comunidade.
O objetivo foi cumprir 100 mandados de prisão e apreensão, contra facções criminosas que vêm tirando vidas há muito tempo naquela área.
Ou seja, a intenção da polícia – com ou sem excessos – é apenas ajudar os “cidadãos de bem” do bairro.

É possível, sim, que tais abusos tenham ocorrido.
Mas é bom lembrar que a ação de “entrar sem permissão” foi legal, munida dos requisitos estabelecidos em lei.
O próprio Ministério Público participou ativamente do trabalho.
As denúncias feitas por alguns moradores revelam outro aspecto da violência (policial ou cidadã) no Brasil.
Repetindo: alguns moradores fizeram as acusações “de cara limpa”, diante da TV, sem receio algum de sofrerem qualquer tipo de represália policial.
Isso é ótimo.
É sinal de que as polícias de Campina Grande não são tão violentas quanto alguém queira apregoar.
Se nós tivéssemos mesmo policiais violentos naquela ação, certamente as pessoas temeriam se expor à fazer denúncias tão graves.
“Quem quer morrer?”
Mas a certeza de que nada acontecerá (pelo menos por parte da polícia), leva uma pessoa a protestar diante das câmeras.
É exatamente a “certeza”, por exemplo, que impede aqueles mesmos cidadãos do Pedregal de fazer a mesma denúncia contra os traficantes e homicidas responsáveis pela guerra local.
É a certeza da sentença de morte decretada, caso algum cidadão de bem venha se posicionar diante de um cinegrafista com palavras tão contundentes de repúdio a invasão de casas.
Ora, os próprios bandidos DETERMINAM quem deve “ceder” sua residência quando os criminosos estiverem precisando desse “favorzinho”.
Quem vai à imprensa reclamar?
Não queremos cercear o direito de protestar por parte de quem teve a casa invadida pela polícia de forma truculenta.
É justamente por sabermos da complexidade de operações como esta que acreditamos ter havido sim algum “excesso” no trabalho, fato que preferimos interpretar como “mal necessário”.
Como os policiais têm conhecimento de que muitas residências são tomadas pelos bandidos, não haveria como saber quem, de fato, estava dentro do imóvel naquele instante: se era o proprietário legítimo ou os bandidos que roubam até moradias naquele bairro.
O artigo é apenas para lembrar que os verdadeiros inimigos daqueles moradores não são os policiais.
São aqueles que “batem manso na porta, mas mandam o cidadão sair, sem se importar com quem esteja dentro”.
Se a polícia prender esses bandidos e levá-los à frente dos moradores diariamente prejudicados no Pedregal, alguém vai ter a coragem de pontar quem foi?
A certeza da morte funciona.
(paraibaemqap)

3 comentários:

  1. Os bandidos dai estão vindo se esconder no BAIRRO DA GLORIA 1,2 E NO JARDIM EUROPA, já liguei pra 197 espero que tomem as providencias

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  2. Sr Renato Diniz, sou Policia Militar e admiro muito o seu trabalho, principalmente por você observar com delicadeza a luta diaria que nós travamos todos os dias, pode ter certeza que em Campina Grande tem policias competentes que se dedicam para tornar a cidade menos violenta, e quanto a sua matéria essa é a mais pura realidade, valeu.


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  3. Ações desta natureza diante das circunstâncias se mostram extremamente necessárias, vale salientar que faltou um trabalho de inteligência, principalmente por parte da policia civil que poderia facilmente colocar agentes disfarçados na comunidade,fazendo o levantamento real da bandidagem do local, e com base nestas informações declarar uma mega operação.

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