segunda-feira, 12 de maio de 2014

“A ÚLTIMA BORBOLETA"

(Irmã Tereza)
Neste dia 13 de maio faz 34 anos da previsão cataclísmica de Roldão Mangueira.
Acompanhe o texto de  
Francistone Tomaz*

Nascida na zona rural da cidade de Areia no brejo paraibano, Maria Tereza Vicente, hoje com 86 anos, adotou o codinome Irmã Tereza ao ingressar no movimento que ficou conhecido como  “Borboletas Azuis” surgido em Campina Grande  no final da década de 1960 e teve como fundador místico Roldão Mangueira de Figueiredo.

Ao contrario do que é divulgado até hoje, o movimento tinha como propósito levantar a doutrina católica que, segundo seu líder espiritual estaria em decadência devido ao reinado dos três últimos Papas.
Pregavam também o desapego às coisas materiais.
Irmã Tereza conta que tudo teve início quando seu líder espiritual recebeu a incumbência divina para abrir uma casa de caridade nos moldes da Igreja Jesus no Horto, Igreja esta localizada na cidade de Juazeiro do Norte  no estado do Ceará.
(Roldão Mangueira)
Daí nasceu A Casa de Caridade Jesus no Horto localizada até hoje no bairro do quarenta em Campina Grande.
O local foi palco de várias curas milagrosas presenciadas pela religiosa a enfermos que vinham de toda parte do país, segundo ela essas curas ocorriam através das sessões espíritas realizadas por médiuns sobre a “Mesa da Caridade” acompanhadas de orações do ofício de Nossa Senhora e demais preces católicas.

O auge do movimento teve inicio no ano de 1978, quando seus integrantes passaram a usar vestimentas nas cores azul e branco, daí o nome borboletas azuis, e começaram  a distribuir um folheto  em que alertavam à toda humanidade sobre um “dilúvio” que aconteceria precisamente no dia 13 de Maio de 1980.
O fato não aconteceu e seus seguidores que eram em torno de setecentos diariamente no templo, foram perdendo a credibilidade junto ao seu líder que foi internado em um hospital psiquiátrico da cidade por familiares, vindo a falecer em 1982, tendo sido substituído por Antônio de França, que era acompanhado por pouco mais de vinte seguidores.
(Irmã Tereza e o baú que guarda parte da história dos Borboletas)
Irmã Tereza, a última remanescente dos  Borboletas Azuis  se mantêm firme no seu propósito de  “levantar” a Igreja  com a chegada de um novo líder.

Alheia às piadas e comentários maldosos sobre sua maneira de viver, a fiel seguidora de Roldão Mangueira mantêm sua rotina  de orações e tarefas rotineiras no templo, como cuidar do jardim que fica em frente à  capela. E talvez seja no jardim que essa adorável senhora encontre o significado de toda sua existência, pois “BORBOLETAS AZUIS NÃO ANDAM EM BANDOS,  SÃO  SEMPRE  SOLITÁRIAS”.
*Francistone Tomaz é policial civil e historiador

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.