quarta-feira, 6 de maio de 2015

ADVOGADO PAULO DE TARSO COMENTA O CASO DOS POLICIAIS CONDENADOS POR MORTE DE HOMEM DROGADO QUE INVADIU CASA DE PM NA ZONA LESTE

O advogado criminalista Paulo de Tarso, comentou no renatodiniz.com a condenação dos policiais acusados da morte de Tiago Moreira, 27 anos, no dia 05 de agosto de 2012.
Tarso defende dois dos seis PMs que foram condenados a nove anos e quatro meses.
Os acusados vão responder em liberdade.
Outros 12 policiais acusados no caso foram absolvidos.  
O laudo não precisou qual o instrumento usado para que se Tiago morresse asfixiado “contudo, o laudo toxicológico comprovou a presença de cocaína no corpo da vítima, o que contribuiu para a asfixia."

O QUE DISSE PAULO DE TARSO NESTA QUARTA-FEIRA (06/05)

"Inicialmente, com todo respeito e zelo que tenho a justiça, mas jogou a culpa contra 18 cidadãos. Eles passaram quatro meses presos preventivamente, depois à justiça achou por bem liberá-los. Desses dezoito, seis foram condenados. O primeiro condenado foi o policial dono da casa que teve sua residência INVADIDA, que foi agredido dentro de sua casa. Ele foi agredido no rosto.
Se ele tivesse disparado contra o invasor poderia ter respondido por um crime de homicídio, mas em legítima defesa, já que teve sua CASA INVADIDA, mas o policial achou por bem pedir ajuda a sua corporação, que é um direito dele, como cidadão. O outro PM que defendo, tem entre 20 e 22 de corporação. Ele estava à paisana, pois estava de folga e passava na Rua onde estava ocorrendo à invasão e saiu em socorro do colega de farda. Como eu disse, foi pedido ajuda à corporação. E veja que apoio logístico: mandaram uma VIATURA VAGABUNDA para levar o cidadão preso. Essa viatura não tinha condições de levar o homem, pois o cidadão estava agitado, era marrudo/parrudo, forte. Depois mandam outra viatura: uma Ford Ranger, sem gaiola; em seguida mandam um Pálio Weekend (daquele tipo que tem uma gaiola). Depois de muito esforço o rapaz é colocado dentro desta terceira viatura. Ele, bastante agitado, chegou a quebrar uma peça da gaiola xadrez. A partir daí o cidadão já estava exausto e caiu no chão. Uma testemunha disse que o policial deu uma voadora no Tiago! Como? Ela disse que ele estava sentado, depois disse que ele estava se levantando, depois disse que ele estava em pé. Como foi essa voadora? Não existe precisão no depoimento das testemunhas. Então, nós vamos lutar na justiça, nas entrâncias, e respeitando a decisão do juiz da 4º Vara Criminal que é um juiz respeitado, capacitado e diligente, mas digo: não me conformo.  Vou atrás de provar a inocência deles nas entrâncias superiores. Qualquer um de nós está sujeito a enfrentar a fúria de alguém que invade sua casa, num domingo qualquer e depois responder a um crime hediondo. Os acusados estão em liberdade e continuam na ativa até que transite em julgado. Creio na justiça, creio na inocência dos policiais".

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