quinta-feira, 25 de maio de 2017

OAB ENTREGA À CÂMARA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE TEMER; FORÇAS ARMADAS DEIXAM A ESPLANADA APÓS PRESIDENTE REVOGAR DECRETO

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregou na tarde desta quinta-feira (25/05) à Câmara dos Deputados o pedido de impeachment do presidente Michel Temer.
A entidade também pediu que Temer fique inabilitado de exercer cargo público por oito anos.

A entidade usa como base a delação premiada de executivos da J&F para argumentar que o presidente cometeu crime de responsabilidade e violou o decoro do cargo de presidente.
Com base no que foi informado, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer.
"O pedido da OAB leva em consideração as manifestações do presidente da República, que em dois momentos, em rede nacional de televisão, declara textualmente conhecimento com relação a todos os fatos. O presidente declara que escutou desse empresário, que ele nominou como fanfarrão e delinquente, todos aqueles crimes e nada fez com relação ao que escutou", disse o presidente da OAB, Claudio Lamachia, ao chegar à Câmara.
Antes de protocolar o pedido, Lamachia acrescentou que a entidade também pediu o impeachment de Dilma Rousseff, "o que demonstra que a OAB é uma instituição absolutamente e apartidária."
"Há menos de um ano, lamentavelmente, fomos nós da OAB, fui compelido a apresentar o pedido de impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff. A OAB cumpre o seu papel, apresenta dois impeachments de dois presidentes da República, processos de impeachment diametralmente opostos no que diz respeito à questão das ideologias partidárias, o que demonstra que a OAB é uma instituição absolutamente independente e apartidária", declarou.
FORÇAS ARMADAS DEIXAM A ESPLANADA

O Ministério da Defesa informou que, logo após a revogação do decreto que autorizou o uso das Forças Armadas para segurança na Esplanada dos Ministérios, os militares começaram a deixar o local.
Às 12h00, os homens do Exército não eram mais vistos na área.
A via que dá acesso ao Congresso continua interditada e apenas servidores estão liberados para passar pela barreira.
Segundo alguns militares que estavam na via N2, atrás do Palácio do Planalto, às 13h30 um grupo permaneceria no local para fazer a segurança do palácio até as 9h00 de sexta-feira (26).
Nesta quarta, após a ocupação da Esplanada dos Ministérios por milhares de manifestantes que pediram a saída do presidente Michel Temer, o governo federal autorizou a presença das Forças Armadas para proteção dos ministérios e do patrimônio público do local.
Segundo a nota emitida pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, “restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado”.
Temer reuniu na manhã desta quinta-feira (25), no Palácio do Planalto, ministros de seu núcleo político para discutir a eventual saída dos militares de Brasília.
Às 10h44, o presidente revogou por meio de uma edição extraordinária do "Diário Oficial da União", o decreto que autorizou o uso de tropas das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios.
(G1 DF)

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