O brasiliense Mateus Costa Ribeiro, aos
18 anos, tornou-se o mais jovem advogado do país a defender um argumento na
tribuna do Supremo Tribunal Federal (STF).
A “estreia” dele na mais alta Corte
brasileira ocorreu nesta quinta-feira (08/11), com direito a elogio do ministro
relator do processo, Luiz Edson Fachin.
Formado na Universidade de Brasília
(UnB), ele apresentou uma ação direta de inconstitucionalidade contra uma lei
estadual do Rio Grande do Sul que proibiu revistas íntimas de patrões a
empregados.
“Rogo a vossas excelências que acolham o
pedido definitivo desta ação direta e declarem inteiramente inconstitucional a
lei questionada”, disse o jovem durante a sustentação oral.
O caso não chegou a ser julgado no mesmo
dia porque foi adiado.
Para Fachin, o jovem advogado – que ele definiu como “ilustre causídico [advogado]” – já faz
parte de um grupo seleto de advogados.
“Vou procurar sintetizar as quase duas
dezenas de páginas que tomei a liberdade de distribuir a vossas excelências não
sem antes cumprimentar o jovem advogado que consumou pela primeira vez na
tribuna fazendo uma sustentação oral que já o coloca no exercício escorreito do
mundo da advocacia. Portanto, o congratulo efusivamente.”
CARREIRA
PRECOCE
Mateus entrou para o mundo da advocacia
ao ser aprovado no curso de direito aos
14 anos.
Entrou na UnB depois de conseguir uma
liminar na Justiça autorizando o processo, e teve de fazer o ensino médio
inteiro em 24 horas.
Ele passou no exame da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) na primeira tentativa, depois de quatro anos de
curso.
De acordo com a OAB, se tornou o mais
jovem advogado do Brasil.
O pai de Mateus, João Costa Ribeiro
Filho, também trabalha com direito.
“Acredito que meu filho será um grande
advogado e dará uma grande contribuição para o Brasil”, afirmou.
A vocação do filho para a advocacia,
segundo a família, surgiu de um castigo imposto por ele.
Mateus tinha 10 anos na época.
De brincadeira, fez o primeiro habeas
corpus – e ganhou a causa. “Era para eu ter liberdade de locomoção de ir
à sala de TV para assistir ao jogo do Corinthians. Esse habeas corpus foi
deferido, graças a DEUS. Assisti ao jogo, e o Corinthians foi campeão.”
(Por G1 DF)
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