sábado, 26 de setembro de 2020

A MORTE DO MENINO SAMUEL, O HOSPITAL DE TRAUMA, A POLÍCIA E O IPC...

A Delegada Nercília Dantas, da Delegacia de Homicídios em Campina Grande, ouviu em depoimento o pai do menino Samuel Lucas Bernardo, de 4 anos de idade, e que foi morto por espancamento no último sábado (19/09) no Bairro Mutirão.

A madrasta dele está presa como suspeita do crime.
O pai do garoto está preso em uma das unidades penais de Campina Grande por crime de tráfico.
O que deixou todo mundo sem entender é que Samuel tinha uma mãe que mora em Mari, na região de Guarabira, no Brejo, mas ele estava morando com a madrasta em Campina.
Foi justamente para esclarecer este ponto que a delegada procurou ouvir o depoimento do pai dele.
O normal é que ela (a criança) estivesse com os parentes biológicos (se não com a mãe, mas com a avó, com um tio). Com alguém da família, pois é isso que a lei determina (‘na falta de um dos genitores ou dos dois, que se procure alguém da família biológica para deixar a criança com ela’)”, disse a delegada Nercília Dantas.
Mas o fato é que Samuel não morava com ninguém da família.
O garoto vivia numa casa onde a madrasta tinha mais dois filhos menores de outros relacionamentos, quer dizer: num ambiente estranho.
Essa criança estava com essa pessoa (a madrasta) que era estranha a ela; uma companheira do pai dela que nem era uma companheira antiga. E essa criança (Samuel) na guarda dessa pessoa... Se essa criança não tivesse sido deixada na mão dessa pessoa, talvez não tivesse ocorrido a tragédia que aconteceu”, afirmou a delegada.
Mas por qual motivo a Samuel Lucas não estava morando com a mãe?
A mãe disse que estava sendo ameaçada pelo pai do menino para entregá-lo a madrasta. O pai da criança pressionou”, informou a delegada com base no depoimento da mãe do menino no sábado (19).
NO PRESÍDIO, O QUE DISSE O PAI DE SAMUEL
Ele disse que na verdade a mãe não estava interessada em ficar com a criança. Tinha chegado ao conhecimento dele que ela iria ‘dar’ a criança para outra família criar. Ele alega que interviu diante dessa situação: o fato da mãe não está se responsabilizando por esta criança”.
Segundo a policial, o pai de Samuel está estado de choque.
Ele não consegue acreditar que a pessoa que ele confiou para deixar o filho, tenha cometido esse crime.
“Ele está entre a raiva, o choque, acreditar, não acreditar...”.
Maria Clara, a madrasta, informou que um homem teria estado na casa dela e ele seria o responsável pela morte de Samuel.
Isso foi descartado.
O IPC realizou exames e não foi confirmado, inclusive, abuso sexual.
Quando ela percebeu que poderia ser responsabilizada pelo que tinha ocorrido com a criança, começou a colocar uma terceira pessoa na história (‘um personagem’)... Só que esta história de desfez, pois a Polícia Militar em Pernambuco encontrou essa pessoa, nós a ouvimos, ouvimos testemunhas e o homem sequer esteve em Campina Grande na manhã do fato”.
No dia do caso, Samuel foi levado pela madrasta ao Hospital de Trauma.
Ela disse que o menino havia sofrido uma queda no banheiro.
De pronto o corpo médico que atendeu a criança percebeu que ali se tratava de agressão.
O menino chegou praticamente morto ao Trauma.
Samuel tinha hematomas antigos, recentes e bem mais recentes”, disse o diretor do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande, Márcio Leandro.
(Por www.renatodiniz.com)

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