sábado, 23 de outubro de 2021

MARIA LÚCIA GOMES: A SINGELA ARTISTA DE LAGOA SECA QUE RETRATA A FORÇA DA MULHER NEGRA E A RELIGIOSIDADE EM SUAS PINTURAS

A arte não tem certo nem errado, é você se expressar e pintar”. 
Foram estas palavras que me fizeram ainda mais encantado pelo vultoso trabalho desenvolvido por esta moradora de Lagoa Seca.

Cursos de pintura?
Que nada!
Puro talento e simpatia fazem de Maria Lúcia Gomes (ou simplesmente Lucinha) uma artista que age sob a luz do sol e no silêncio de sua casa, um verdadeiro santuário de inspirações.
A pintora começou a enveredar pelo mundo das cores ainda muito cedo, quando era uma criança.
Sem muitas condições na época, seu primeiro pincel foi um pincel de esmalte, recorda Maria.
Com o tempo, suas telas iam se aperfeiçoando e sua vocação ganhava espaço.
Mas é preciso transcender, ir além.
O mundo precisa.
A paraibana afirma que encontrou no conterrâneo Joab Rocha e no francês Claude Monet motivos para seguir adiante e criar seu próprio estilo – modernista, claro.
Imersos numa sociedade preconceituosa, seus quadros clamam para que a mulher preta ganhe mais espaço e seja notada; não é para menos.
A divindade é, também, razão pela qual Lúcia gosta de envolver cores e jogá-las sobre a tela branca.
Religiosidade nunca é demais para quem sempre teve fé e nunca deixou de lutar pelo que queria.
E vem mais novidade por aí.
Em dezembro deste ano, uma exposição está para acontecer: “As pretas da Lu” – o nome já diz tudo e promete trepidar o universo da arte.
Saiam da frente, ela precisa passar!
Obrigado, Lucinha, por nos trazer beleza aos olhos e alegria ao coração.
(Por Yago Fernandes, Jornalista)

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