domingo, 25 de dezembro de 2022

POLÍCIA PRENDE SUSPEITO DE MONTAR ARTEFATO EXPLOSIVO EM BRASÍLIA

*Bolsonarista preso com explosivos tem loja no Pará
 A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na noite deste sábado (24/12) um homem suspeito de montar um artefato explosivo nos arredores do aeroporto de Brasília, em um caminhão de combustível.

Mais cedo, o objeto foi detonado pela Polícia Militar.
Segundo informado pela Polícia Civil, o homem é um empresário bolsonarista, de 54 anos.
O delegado-geral da corporação, Robson Candido, informou em entrevista coletiva que ele veio do Pará a Brasília para participar das manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorrem no quartel-general do Exército.
O delegado não informou o nome do suspeito.
"Não, o nome a gente vai preservar. A gente não vai revelar agora, nem passar o nome dele", disse.
A TV Globo flagrou, em imagens exclusivas, o momento em que o homem chegou à 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul.
"Ele é morador do Pará. E veio justamente para participar das manifestações lá no QG [do Exército], né, que assim eles intitulam. Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente. E eles estão aí nessa missão ideológica, mas que saiu do controle e as autoridades policiais, principalmente aqui em Brasília, nós iremos tomar todas as providências", afirmou.
"Iremos prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito, principalmente com ameaças e, principalmente agora, com bombas. Isso é uma coisa que não existia em Brasília e nós não permitiremos nenhum tipo de manifestação que possa causar mal às pessoas ou ao patrimônio público", continuou.
O homem foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região central do Distrito Federal, e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto.
De acordo com a polícia, depois de montar o artefato, o suspeito entregou o objeto para uma outra pessoa - já identificada pelos investigadores - que ficou responsável por levar o dispositivo até a região do Aeroporto JK.
Segundo a investigação, a ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse depositado próximo a um poste, para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital.
Mas, de última hora, a decisão acabou sendo por colocar o objeto em uma caixa apoiada no caminhão de combustível, que estava carregado de querosene de aviação.
Com o suspeito, foi apreendido um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados.
No apartamento, foram encontradas outras cinco emulsões explosivas.
De acordo com a polícia, o homem tinha registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular e, por isso, ele foi autuado por posse e porte ilegal de armas, munições e explosivos, além de ter sido processado por crime contra o estado democrático de direito.
Outras pessoas também estão envolvidas no crime e a polícia já trabalha para localizá-las.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, parabenizou a polícia pela operação.
"Cumprimento a Polícia Civil do DF pela prisão e apreensões efetuadas nesta noite, com aparente ligação com o artefato explosivo desta manhã. Fotos mostram o terrível efeito do extremismo no Brasil. Que todos rezemos nesta noite por paz", postou ele numa rede social.
ARTEFATO EM CAMINHÃO
Segundo a Polícia Militar, o motorista de um caminhão-tanque de combustível percebeu um objeto estranho no veículo e alertou policiais na área.
Ele não soube dizer quem havia deixado o material ali.
A polícia descarta a participação do motorista no caso.
"A priori, o motorista não tem nada a ver com a situação, nem o caminhão. O caminhão seria utilizado supostamente para levar o artefato explosivo para algum lugar", disse o delegado da 10ª DP, Marcelo Fernandes.
Flávio Dino disse que o material detonado era "emulsão de pedreira", uma espécie de explosivo que costuma ser usado por mineradoras em escavações.
Segundo a política, a perícia constatou que os criminosos teriam tentado detonar o explosivo, mas ele não teria funcionado.
(g1)

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