domingo, 22 de janeiro de 2023

PARAIBANA É RESGATADA EM SITUAÇÃO ANÁLOGA À ESCRAVIDÃO EM RESTAURANTE DE S. PAULO

Uma mulher da Paraíba está entre as 15 pessoas do Nordeste que foram resgatadas num restaurante de comida japonesa em São Paulo em situação análoga à escravidão.

Essas pessoas estavam morando em um quarto nos fundos do estabelecimento que fica na Zona Leste da capital.
O local não oferecia, conforme a Polícia Civil, nenhuma condição de moradia.
Além disso, foram encontrados diversos alimentos vencidos, inclusive um peixe no chão.
De acordo com o g1, a gerente do restaurante Sushi Vila Formosa foi presa em flagrante e foi liberada após audiência de custódia.
O flagrante ocorreu na quinta-feira (17).
"O lugar que eles [funcionários] ficavam tinha zero de higiene e era muito pequeno. Geladeira para eles não funcionava, era servido café da manhã e ficava o dia inteiro exposto. Lugar mofado. Isso chamou bastante a atenção e um dos funcionários falou que a maioria veio do Nordeste com a promessa de trabalho com alojamento e alimentação. Mas nenhum deles estava registrado. Alguns com três, quatro meses de trabalho, outros um pouco mais, mas uma situação muito precária", afirmou a delegada Ivalda Aleixo.
"Chamou a atenção também que eles eram orientados a reaproveitar a comida do restaurante. Quando era deixada no prato por um cliente, a comida voltava para outro. A delegada entrou em contato comigo imediatamente e disse que haveria mais coisas no local. E lá dentro do restaurante percebemos que havia peixe no chão e produto vencido. Esse produto foi dito que era usado para sobremesa. Freezer totalmente sem higiene".
"Nenhum deles estava obrigado, mas todos são muito pobres e não têm para onde ir sem dinheiro. Um deles estava com infecção no pé e mesmo assim estava trabalhando. Outra funcionária contou que veio da Paraíba em busca de emprego por convite e que estava ali pouco tempo, mas que a desculpa que se dava era que aquela situação era enquanto estava em experiência. A passagem para ir para São Paulo era descontada no salário".
"Eles disseram que já tinham feito uma reclamação que o lugar que eles estavam tinha muito mofo. Era pior ainda. Então, eles foram para outro lugar no fundo sem condição de dormir, de banheiro. A falta de higiene era impressionante, nojenta mesmo", ressaltou Ivalda.
(Créditos: g1 SP)
Fotos: Polícia Civil SP

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