*Conforme as investigações, marido teria
encomendado o crime para receber dinheiro de seguro
Leonardo Nascimento Chaves, suspeito de
mandar matar a própria esposa, a contadora Kaianne Bezerra Lima Chaves, pediu
para ser agredido para forjar um latrocínio, que é o roubo e assassinato,
segundo o inquérito ao qual o g1 teve acesso.
Kaianne Bezerra foi assassinada em 26 de
agosto com golpes de um pedaço de madeira na cabeça.
Segundo a Polícia Civil, o marido dele
combinou com outras duas pessoas, um adulto e um adolescente, de invadirem a
residência do casal e matá-la.
Para simular o latrocínio, Leonardo
pediu que os comparsas levassem objetos da casa.
Segundo o inquérito policial, Leonardo
disse em depoimento que os "assaltantes foram até ele e disseram: ‘vamos
que agora é tua vez’. Nesse momento ele foi brutalmente agredido com socos e
chutes, em seguida foi amarrado com uma corda de varal e preso em um quarto do
lado de fora da casa e ameaçado com as palavras: 'Se tu sair daí, tu morre'”.
No entanto, a versão do adolescente
contradiz o que o marido da contadora afirmou em depoimento.
"Chegando ao fim do planejado e
com os bens da casa já dentro do carro da vítima, Leonardo pediu que o agredissem,
sendo que para isso ele colocou um pano na boca para não gemer. O declarante
[adolescente suspeito de envolvimento no crime] e Adriano [o comparsa]
desferiram alguns socos em Leonardo na boca e no tronco."
O exame de corpo delito aponta que
Leonardo, de fato, sofreu “socos
contundentes”, mas sem gravidade.
Conforme a investigação, as agressões
fazem parte da simulação de um latrocínio.
R$
50 PELA EXECUÇÃO DO CRIME
O adolescente disse ainda ter recebido “50
reais” pela execução do crime, segundo depoimento prestado à Polícia Civil.
Conforme o inquérito policial, ao qual o
g1 teve acesso, Leonardo teria dito
aos criminosos que, com a morte da esposa, ele receberia cerca de “90 mil reais”
do seguro de vida, e que daria parte do dinheiro aos dois.
No depoimento à polícia, o adolescente
contou que Leonardo Nascimento tem dívidas com um chefe de facção do Bairro
Jardim das Oliveiras, em Fortaleza, e que esse chefe havia mandado Leonardo “dar um jeito de pagar” a dívida, no que
Leonardo teria dito que a morte da esposa “poderia
lhe render um bom dinheiro”.
A morte da contadora foi considerada,
inicialmente, como roubo seguido de morte.
Porém, durante a investigação, a polícia
descobriu que Leonardo e os criminosos haviam se encontrado na noite do crime,
no dia 26 de agosto, em um shopping de Aquiraz, onde conversaram e combinaram
detalhes do crime.
Segundo o inquérito policial, Kaianne
morreu "atingida por golpes de
madeira na cabeça, socos em diversas regiões do corpo e em seguida foi sufocada
por um travesseiro".
O marido da vítima orientou os dois a
roubar, inclusive, as alianças do casal para simular o latrocínio, que é o
roubo e assassinato.
O adolescente e o adulto apontados como
executores do crime foram presos em 26 de agosto.
Leonardo estava com passagens compradas
para Portugal, mas a viagem foi cancelada após a reviravolta na investigação.
O ex-marido, de 41 anos, foi preso na
quarta-feira (06/09) apontado como mandante da morte.
Leonardo enviou mensagens aos familiares
reclamando sobre as publicações deles nas redes sociais cobrando as autoridades
uma resolução do caso.
"Vamos reduzir essas postagens, de
ficar cobrando, pq a polícia já fez 90% do trabalho dela", disse
ele em uma das mensagens aos familiares de Kaianne.
"Eu me sinto mal toda vez que abro
meu insta e vejo todos os familiares repostando os vídeos pedindo justiça", reclamou
Leonardo em outra mensagem.
(Do g1 CE)
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