Antes de ser morta pelo namorado, Ielly Gabriele Alves, de 23 anos, já havia sido ameaçada por ele, indicam mensagens trocadas entre a jovem e uma amiga por meio de um aplicativo de mensagens.
Prints divulgados nesta segunda-feira
(06) mostram que a amiga tinha alertado a vítima sobre a gravidade da situação
e recomendado que ela pedisse medida protetiva, caso sofresse novas ameaças.
Ielly foi morta a tiros pelo namorado,
Diego Fonseca Borges, de 27 anos.
O caso aconteceu no último sábado, 4, em
Jataí, na região sudoeste de Goiás.
O momento do disparo foi filmado pela
própria vítima.
“Se
ele te ameaçar e triscar em você de novo, faz medida protetiva”, clama a
amiga, na conversa divulgada.
“É
assim que a maioria dos feminicídios acontece. Ninguém acredita que a pessoa é
capaz até ver a mulher morta”, alerta, em seguida.
A identidade dela não foi
revelada.
Na ocasião da troca das mensagens, Ielly
Gabriele relatava ter recebido um áudio sobre um suposto espancamento por
policiais.
Questionada, a Polícia Militar de Goiás não respondeu se há
ocorrências anteriores no nome de Diego Fonseca Borges.
No dia do crime, Diego Borges foi preso
em flagrante por homicídio qualificado, caracterizado pela traição, emboscada,
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da
vítima.
A defesa do suspeito não foi localizada.
(Por
Terra)
HOMEM
CHAMOU JOVEM QUE FILMOU PRÓPRIA MORTE PARA TIRO AO ALVO, DIZ DELEGADO
Diego Fonseca Borges chamou a jovem, por
meio de mensagens, para praticar tiro ao alvo no rancho de um tio em Jataí,
região sudoeste de Goiás.
A informação é do delegado Thiago Saad,
responsável pelo caso.
A arma usada na "brincadeira"
seria a mesma que disparou contra a jovem momentos depois, segundo o delegado.
O suspeito declarou em depoimento à
polícia que não sabia que a arma ainda estava carregada.
PEGO
EM CONTRADIÇÃO
Antes de ser preso, logo após o incidente,
enquanto Ielly era atendida em um hospital, o rapaz disse à Polícia Militar que
estava conduzindo um veículo com a namorada como passageira quando homens em
uma motocicleta teriam surgido de repente e disparado contra eles.
Diego, porém, entrou em contradição ao
tentar narrar o que aconteceu aos agentes, segundo o delegado.
"As versões eram inconsistentes.
Ele não sabia precisar o local onde ocorreram os disparos. Além disso, após
exame pericial ficou esclarecido que o orifício de entrada da bala, no tórax,
não condizia com a versão apresentada e, por isso, ele foi trazido à delegacia",
esclarece Saad.
A polícia teve acesso ao conteúdo no
celular de Ielly graças à tia da vítima, que compareceu à delegacia com o
aparelho.
Entre mensagens e vídeos, havia um que
ela mesmo gravou, no momento do tiro que levou do namorado.
Segundo o delegado, o suspeito já tinha
duas passagens pela polícia.
Uma por roubo e a outra por agressão a
uma ex-companheira que, inclusive, tinha um pedido de medidas protetivas contra
Diego.
(Uol)
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