domingo, 17 de dezembro de 2023

TIROTEIO DEIXA INVESTIGADORA, DONO DE MANSÃO E VIGILANTE MORTOS NOS JARDINS, BAIRRO NOBRE DE SP

Um tiroteio nos Jardins, bairro de alto padrão em São Paulo, deixou três mortos.
As vítimas são o dono de uma mansão, um vigilante particular e uma investigadora da Polícia Civil.

Câmeras de segurança gravaram a troca de tiros que aconteceu na tarde de sábado (16/12).
A origem do confronto foi a ida de uma dupla de policiais à região para investigar o furto em uma residência que ocorreu no dia anterior.
De acordo com os relatos, o empresário dono da casa vizinha e seu funcionário confundiram os policiais com ladrões e atiraram após a policial tocar a campainha.
Morreram na troca de tiros a investigadora Milena Bagalho Estevam, de 39 anos, o empresário Rogério Saladino, de 56 anos, e o seu funcionário, o vigilante Alex James Gomes Mury, de 49 anos.
TIROS APÓS CAMPAINHA
A investigadora Milena e seu parceiro, ambos integrantes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), conduziam uma investigação na região das ruas Guadelupe e Venezuela, no Jardim América.
Os dois policiais civis apuravam o furto a uma residência que ocorreu na sexta-feira (15).
Foram ao local em um carro sem identificação do Deic e usando trajes civis, como costumam trabalhar.
Cada um usava um colar com o distintivo da Polícia Civil.
Ambos estavam armados.
Ainda de acordo com dados do boletim de ocorrência, quando a investigadora tocou a campainha de um imóvel nas imediações para pedir ao proprietário as imagens das câmeras de segurança que poderiam ter gravado o furto, Milena foi atingida por um tiro no peito disparado pelo empresário Rogério Saladino.
O colega dela reagiu, atirou e baleou o empresário, que caiu.
O vigilante particular Alex Mury pegou uma das armas do patrão no chão e atirou contra os dois policiais.
O investigador reagiu novamente e atingiu o vigilante, que morreu no local.
A investigadora e o empresário foram socorridos e levados de ambulância para hospitais da região.
A morte dela foi confirmada pela Santa Casa de Misericórdia.
A dele foi constatada no Hospital São Paulo.
ARMAS, MACONHA E PASSAGEM POR HOMICÍDIO
O caso foi registrado como homicídio decorrente de intervenção policial no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A unidade especial da Polícia Civil investiga ocorrências com morte envolvendo policiais.
O DHPP apreendeu quatro armas para serem periciadas: duas que estavam com os policiais e outras duas que eram do dono da mansão.
A investigação vai aguardar os resultados dos exames feitos pela Polícia Técnico-Científica nas armas para saber quem atirou em quem.
Milena não teria atirado, segundo policiais ouvidos pelo g1.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil ainda encontrou "porções de maconha" na residência de Rogério Saladino.
A pasta informou que Saladino tinha passagens criminais anteriores pela polícia por "homicídio, lesão corporal e crime ambiental".
A reportagem não localizou representantes ou parentes da investigadora, do empresário e do vigilante para comentarem o assunto.
INVESTIGADORA DEIXA FILHA DE 5 ANOS
Por meio de nota na rede social no X (antigo Twitter), a Polícia Civil confirmou a morte de Milena.
De acordo com a publicação, ela era policial havia sete anos e deixa uma filha de 5 anos.
(Por g1)

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