Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu neste domingo (24/03) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.
Foram presos Domingos Brazão, atual
conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal
do Rio de Janeiro (União Brasil), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil
do Rio.
Também foram expedidos mandados de busca
e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.
Os investigadores ainda trabalham para
definir a motivação do crime.
Do que já se sabe, o motivo tem a ver
com expansão territorial de milícia no Rio.
Os investigadores decidiram fazer a
operação no início deste domingo surpreender os suspeitos.
Informações da inteligência da polícia
indicava que eles já estavam em alerta nos últimos dias, após do STF homologar
a delação premiada de Ronnie Lessa.
(Do g1 RJ)
QUEM É CHIQUINHO BRAZÃO E POR QUE FOI
CITADO EM DELAÇÃO SOBRE O ASSASSINATO DE MARIELLE
O clã Brazão detém influência política
em âmbito municipal, estadual e federal, com representantes em cargos na Câmara
Municipal e Assembleia do Rio, além da Câmara dos Deputados e do Tribunal de
Contas do Estado (TCE-RJ).
Chiquinho Brazão é o representante no
Congresso.
As votações dos irmãos Brazão foram
construídas no eleitorado dos bairros da zona oeste da capital fluminense.
Antes de chegar ao Congresso, Chiquinho
foi vereador na Câmara do Rio por 14 anos.
Em 2018, foi eleito pela primeira vez
deputado, e reeleito em 2022.
As primeiras associações da família
Brazão ao caso Marielle Franco vieram à tona em 2019, quando relatório da Polícia
Federal apontou Domingos Brazão como o "principal suspeito de ser autor intelectual" dos assassinatos
da vereadora e do motorista.
O conselheiro do TCE sempre negou a
participação no crime.
Ele já havia sido denunciado pela então
procuradora-geral da República Raquel Dodge, em 2019, por atrapalhar a
investigação, mas a Justiça do Rio rejeitou o pedido de denúncia.
Em 2017, Domingos chegou a ser preso
numa operação que apurou corrupção no TCE-RJ.
Ficou afastado por seis anos.
De volta ao tribunal, ele ainda mantém
influência política.
Em eleições passadas, chegou a emprestar
o sobrenome a outros candidatos sem parentesco com ele.
Em outubro do ano passado, o ex-policial
militar Élcio Queiroz - o primeiro acusado a assumir a coparticipação no
assassinato - também citou o conselheiro em delação.
Como mostrou o Estadão, de 2019 a 2023, Chiquinho Brazão desembolsou “200 mil
reais” de verba indenizatória da Câmara abastecendo no posto de gasolina de um
sócio, a oito quilômetros do seu escritório político no Rio.
No caminho até lá, o parlamentar passa
por outros sete postos.
As informações são do jornal O Estado de
S. Paulo.
(Terra)
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