sábado, 20 de abril de 2024

ESCOLA DE CAMPINA COMEMORA O DIA DOS POVOS INDÍGENAS COM EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA E PALESTRA

A Escola Estadual Nenzinha Cunha Lima, no Bairro José Pinheiro, em Campina Grande, comemorou, na tarde desta sexta-feira (19/04) o Dia dos Povos Indígenas, com uma exposição fotográfica das Tribos Tabajara e Potiguara e uma palestra do Professor e ativista social João Tavares da Silva Neto. 

As comemorações contaram com a presença de professores, corpo técnico e alunos da Escola, totalizando a presença de cerca de 100 expectadores.
Professor Tavares Neto, destacou, na palestra, que teve o tema “Territorialidade e dia a dia de Potiguara e Tabajara em suas terras”, como se chegou à data comemorativa de 19 de abril, o professor ressaltou que essa data que é muito importante para os indígenas, não foi criada por eles, mas, pelos dominadores do país, sendo assim, uma forma de luta que esses povos originários aproveitam para durante o ano todo lutarem por aquilo que é mais sagrado para eles: a terra.
Em outro trecho da palestra Tavares Neto disse aos presentes que o Brasil nunca foi descoberto em 22 de abril de 1500 e sim, invadido.
O europeu chegou para tomar a terra e a riqueza de quem aqui já vivia, os indígenas, sem contar, que esse povo, ao longo da história, foi sendo dizimado e aniquilado.
Ele afirmou ainda, que a história oficial continua sendo contada de forma “mentirosa”, sendo necessário em sua visão, que o Ministério da Educação (MEC), faça uma revisão no material didático que é ensinado nas escolas trocando “descoberta” e “chegada” por “invasão” a fim de a escola mantenha seu princípio que é a verdade dos fatos.
No tocante à Paraíba, o palestrante mencionou que as pessoas que visitam o litoral do Estado ao Norte vão para as terras Potigura e ao Sul, banham-se em águas das terras da etnia Tabajara, no entanto, sem saber que isso acontece.
Segundo Tavares Neto, muita gente tem contato diário com esses indígenas, porém, não sabe, porque, na cabeça da sociedade, o indígena é uma pessoa que usa tanga e cocá, o que não é verdade. 
A sociedade sofre mudança.
Eles são frações importantes da sociedade e ainda usam todas essas indumentárias, sobretudo quando estão nas festividades e solenidades de suas tribos.
Os povos indígenas paraibanos, vivem em constantes ataques de usineiros e empresários que todos os dias os atacam para tomarem as suas terras, esse fato não é diferente de outras partes do Brasil, contudo, eles reagem bravamente e continuam fazendo a luta para que seus direitos e territórios sejam preservados. Como foi o princípio de invasão às terras Tabajara que ocorreu em novembro de 2023. É importante dizer que à população indígena brasileira hoje é de 900 mil habitantes que vivem de Sul a Norte deste país. Essas pessoas como qualquer outro brasileiro precisam ser respeitas e viver com dignidade”, pontuou João Tavares Neto.
(Por assessoria)

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