quinta-feira, 18 de abril de 2024

JUSTIÇA DA PARAÍBA CONCEDE PRISÃO DOMICILIAR A PADRE EGÍDIO

A Justiça da Paraíba concedeu, nesta quinta-feira (18/04), prisão domiciliar ao padre Egídio de Carvalho.

A decisão do juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, considerou o estado de saúde do réu, após documentos médicos comprovarem que o réu está debilitado em razão de uma doença grave.
O padre está internado em um hospital particular após passar mal na Penitência Especial do Valentina Figueiredo e foi submetido a uma cirurgia abdominal.
O juiz José Guedes Cavalcanti analisou um pedido da defesa do padre que solicitou a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.
Na decisão, o juiz relatou que o réu esteve internado na UTI de um hospital particular, condição que, aliada aos demais problemas de saúde, teriam deixado o acusado debilitado por doença grave.
O Ministério Público também opinou de forma favorável à prisão domiciliar do padre.
A prisão domiciliar só deve ser cumprida após o padre colocar tornozeleira eletrônica, que é uma das medidas cautelares estabelecidas pela decisão.
O acusado deve cumprir ao todo cinco medidas cautelares, sendo elas:
*Uso de tornozeleira eletrônica;
*Proibido de se ausentar de sua residência em João Pessoa, sem autorização do juízo, devendo indicar, com precisão e de forma comprovada, seu endereço atualizado;
*Juntar aos autos comprovante do endereço nesta cidade, onde ficará recolhido, fazendo-o antes do início da prisão domiciliar e da colocação do equipamento de monitoramento eletrônico;
*Proibido de manter contato com outras pessoas, só podendo se comunicar com advogados e familiares que residem no mesmo imóvel, salvo casos de urgência e mediante comunicação à justiça, em até 48 horas;
*Proibido de acessar ou frequentar estabelecimentos vinculados à Ação Social Arquidiocesana (ASA) e ao Instituto São José. *Também está proibido de entrar em contato com qualquer colaborador destas instituições, bem como as demais acusadas (as ex-diretoras Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas)
CASO PADRE ZÉ
De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a “140 milhões de reais”.
O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.
Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), são investigadas por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa.
(Do g1 PB)

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