Foi condenado a nove anos de prisão o advogado que atropelou um motoboy em março do ano passado em Campina Grande.
O júri ocorreu nesta terça-feira
(14/05) no Fórum Affonso Campos, em Campina Grande (teve início por volta das 09h00 e se encerrou por volta das 20h00).
Pedro Mário estava aguardando o julgamento em liberdade, mas com o resultado teve a Prisão Preventiva decretada.
A defesa vai recorrer da decisão.
"Temos elementos de provas para requerer anulação do julgamento e elementos para pedir a revolgação da Preventiva", informou a defesa ao www.renatodiniz.com.
Na noite de 03 de março do ano passado
o advogado atropelou o motoboy Luan Sampaio Borborema na Rua Otacílio Nepomuceno no
Bairro Catolé, em Campina Grande, após um assalto num bar.
O motoboy teve leves escoriações.
O advogado foi acusado de tentativa de
homicídio qualificado.
Ele disse que teria confundido o
motoboy com um assaltante.
O ministério Público foi representado
pela promotora Luciara Lima Simeão Moura.
Os advogados Jefferson Maia, Roberto
Nascimento, Luiz Pereira, Neto Gouveia e Gustavo Monteiro, atuaram na defesa do
réu.
O juíz Horário Ferreita de Melo presidiu o julgamento.
A título de reparação e perdas, o
advogado Pedro Mário pagou “32 mil reais” a vítima Luan Sampaio em duas
parcelas.
Esse pagamento “não foi feiro agora”.
Pedro Mário também se dispôs a pagar um
tratamento caso o motoboy quisesse, mas este não precisou.
ENTENDA
O CASO...
O advogado atropelou, com um veículo
Cruze na contramão, o motoboy que estava parado numa moto.
O rapaz da motocicleta sofreu
escoriações.
O motoqueiro foi confundido com um
assaltante.
Pouco tempo antes tinha ocorrido um
arrastão em um bar nas proximidades.
O dono do carro argumentou que teria
sido uma das vítimas.
Já o motoqueiro, que na noite trabalha
como motoboy, estava esperando uma passageira nas imediações.
Após ser atropelado, o dono do veículo
ainda foi ao motoboy para tomar satisfações.
No ano passado o advogado Jefferson
Maia, constituído pelo acusado, disse a imprensa que Pedro não teve intenção de
matar.
“Quem vê o vídeo (vê a imagem), ele colide na
moto. Pegou na parte frontal esquerda do carro. Inclusive quebrou o farol do
lado do motorista. Ele não tinha intenção. Ele bateu e imediatamente, vendo que
o cidadão estava de pé, ele saiu e foi de encontro ao cidadão imaginando ser (o motoboy), o seu algoz tendo em vista que ele (Pedro)
foi assaltado anteriormente. Minutos antes dessa situação ele havia sido
assaltado num bar”.
Diante da repercussão o advogado Pedro
Mário foi desligado da assessoria jurídica no Hospital de Trauma em Campina
Grande e também na Assembleia Legislativa do estado.
Pedro foi preso no dia 06 de março do ano passado e no dia 18 de abril, também de 2023, o desembargador Frederico Martinho da
Nóbrega Coutinho, da Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça,
acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do advogado
Pedro Mário Fernandes.
(Por www.renatodiniz.com)
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