quarta-feira, 8 de maio de 2024

TRAGÉDIA NO RS: “PRODUTOS CUSTANDO O DOBRO”

A pior catástrofe climática da história recente do Rio Grande do Sul afeta, até o momento, mais de 1,4 milhão de habitantes.

O aspecto humanitário da crise se torna mais dramático à medida que a falta de recursos básicos se evidencia. 
No último boletim emitido pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 18h desta terça-feira (07/05) as autoridades gaúchas davam conta de que pelo menos 450 mil pontos do Estado estavam sem energia elétrica, e 606 mil habitantes, sem água.
Há, também, 90 trechos bloqueados, total ou parcialmente, em 40 rodovias. 
Na realidade, por trás desses números, estão milhares de gaúchos vítimas da insegurança proporcionada pelo desabastecimento de produtos básicos.
Por outro lado, a baixa oferta possibilita a prática de preços abusivos em artigos já considerados de 'luxo', como garrafas de água e produtos de higiene. 
O porto-alegrense Luciano Quadros, de 29 anos, mora no bairro Mário Quintana, na zona norte da capital gaúcha.
"Cada hora que passa, um novo produto fica sem estoque nos mercados. Começou por água, obviamente, e agora produtos de higiene básica e vários alimentos já estão em falta também",
"Água de 20 litros, que tem valor médio normal de R$ 12, alguns comércios que ainda tinham em estoque estavam vendendo a R$ 50, R$ 60."
TEMPORAL NO RS
Subiu para 95 o número de óbitos registrados em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado às 18h desta terça-feira.
Com relação aos desaparecidos, o número permaneceu em 131. Até o momento, há o registro de 1.443.950 pessoas afetadas pelo desastre em 401 municípios.
Destes, 48.799 estão em abrigos, 159.036, desalojados, e 372, feridos.
A Defesa Civil investiga ainda a causa de outros quatro óbitos que podem ter relação com as enchentes, nas cidades de Caxias do Sul, Pinhal Grande, Santa Maria e Três Coroas.
(www.terra.com.br)
Foto: Rafael Rosa/Enquadrar/Estadão Conteúdo

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