A pior catástrofe climática da história recente do Rio Grande do Sul afeta, até o momento, mais de 1,4 milhão de habitantes.
O aspecto humanitário da crise se torna
mais dramático à medida que a falta de recursos básicos se evidencia.
No último boletim emitido pela Defesa
Civil do Rio Grande do Sul, às 18h desta terça-feira (07/05) as autoridades
gaúchas davam conta de que pelo menos 450 mil pontos do Estado estavam sem
energia elétrica, e 606 mil habitantes, sem água.
Há, também, 90 trechos bloqueados, total
ou parcialmente, em 40 rodovias.
Na realidade, por trás desses números,
estão milhares de gaúchos vítimas da insegurança proporcionada pelo
desabastecimento de produtos básicos.
Por outro lado, a baixa oferta
possibilita a prática de preços abusivos em artigos já considerados de 'luxo',
como garrafas de água e produtos de higiene.
O porto-alegrense Luciano Quadros, de 29
anos, mora no bairro Mário Quintana, na zona norte da capital gaúcha.
"Cada hora que passa, um novo
produto fica sem estoque nos mercados. Começou por água, obviamente, e agora
produtos de higiene básica e vários alimentos já estão em falta também",
"Água de 20 litros, que tem valor
médio normal de R$ 12, alguns comércios que ainda tinham em estoque estavam
vendendo a R$ 50, R$ 60."
TEMPORAL
NO RS
Subiu para 95 o número de óbitos
registrados em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, segundo o
boletim da Defesa Civil divulgado às 18h desta terça-feira.
Com relação aos desaparecidos, o número
permaneceu em 131. Até o momento, há o registro de 1.443.950 pessoas afetadas
pelo desastre em 401 municípios.
Destes, 48.799 estão em abrigos,
159.036, desalojados, e 372, feridos.
A Defesa Civil investiga ainda a causa
de outros quatro óbitos que podem ter relação com as enchentes, nas cidades de
Caxias do Sul, Pinhal Grande, Santa Maria e Três Coroas.
(www.terra.com.br)
Foto: Rafael Rosa/Enquadrar/Estadão Conteúdo
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