O projeto-piloto da Comissão Técnica de Classificação, realizado na Penitenciária de Segurança Máxima Geraldo Beltrão, em João Pessoa, e Presídio Padrão de Santa Rita, foi concluído nesta quarta-feira (18/09), em seguida o secretário da Administração Penitenciária da Paraíba João Alves Albuquerque presidiu uma reunião de avaliação que apontou resultados positivos.
A reunião ocorreu no presídio de Santa
Rita com profissionais da Seap, da Secretaria Nacional de Políticas Penais
(SENAPPEN), dos estados do Espírito Santo, Rondônia, Rio Grande do Norte, Amapá
e Distrito Federal, além de técnica do Escritório das Nações Unidas para Drogas
e Crime (UNODC).
A
Paraíba é o segundo estado a implantar, depois do Rio Grande do Norte.
“Nós
vamos ter um diagnóstico de quem é cada cidadão que está nas nossas unidades
prisionais. Sabemos que o preso, o cidadão está recluso e nós temos a obrigação
de ajudá-lo a sair daqui melhor do que entrou. O trabalho está avançando porque
é um trabalho feito a várias mãos, pessoas com boa vontade de dar seguimento a
esse trabalho. Graças a Deus, o resultado está sendo bastante positivo porque
os nossos policiais penais e demais servidores já abraçaram a ideia”, disse
João Alves.
A coordenadora de Assistência Religiosa,
Jurídica e Social da SENAPPEN, e policial penal federal, Ana Lívia Fontes,
destaca que “esta ação de cidadania, que é um projeto desenvolvido pela Secretaria
Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) tem o intuito de individualizar a pena,
ou seja, conhecer as pessoas a partir de suas especificidades. As pessoas não
são iguais. Então, a finalidade da classificação é conhecer essas pessoas, as
suas necessidades, para fazer os encaminhamentos necessários. Assim a gente
consegue identificar as habilidades dessa pessoa”.
Na classificação, é analisada a situação
processual e se faz esse encaminhamento para a Defensoria Pública ou para o
advogado particular.
Além disso, também é feita análise de
risco, ou seja, a partir de todos os atendimentos, o prontuário dessa pessoa
vai ser analisado pela equipe de segurança da unidade prisional e a partir
dessa informação vai verificar se ela é de alto, médio ou baixo risco para
tentar direcionar o melhor local na unidade prisional.
A
classificação de pessoas em privação de liberdade objetiva a
individualização da pena, ou seja, ações de cidadania realizadas pelo Estado no
processo de levar humanização ao sistema prisional.
Os reeducandos são
entrevistados por assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros e partir da
classificação em seus prontuários a Secretaria da Administração Penitenciária
da Paraíba terá mais informações sobre o contexto familiar e comunitário, suas
especificidades e assim encaminhar de maneira mais criteriosa e eficaz para as
áreas de saúde, atividades educacionais e de trabalho.
(Por www.renatodiniz.com
com assessoria)
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