domingo, 22 de setembro de 2024

DRF PRENDE TERCEIRO ENVOLVIDO NO SEQUESTRO DE EMPRESÁRIO EM CAMPINA

*Caso está esclarecido, mas outras prisão estão na “agulha da DRF”;
*Os três presos são CACs e armeiros, conforme a DRF;
* Valor pago foi de “500 mil reais”, mas PC ainda não confirmou;
*Cativeiro era entre Lagoa Seca e São Sebastião de Lagoa de Roça
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande prenderam no Bairro Bodocongó o terceiro envolvido no sequestro e extorsão de um empresário avicultor, de 62 anos.

A vítima foi sequestrada na noite de 08 de setembro quando chegava em casa no Bairro Santo Antônio.
A prisão é Preventiva e ocorreu nesta manhã de domingo (22/08).
Além disso os PCs cumpriram um Mandado de Busca.
Ele tem 32 anos de idade e é irmão do primeiro envolvido (de 36 anos) que foi preso no dia 15.
Ele também é CAC e armeiro.
A DRF apreendeu duas pistolas Taurus, uma “380” e “9mm”.
Um carro também foi apreendido, um veículo Fiat Siena de cor branca utilizado pelo bando para pegar o dinheiro do resgate pelo sequestro do empresário.
No dia 17 a especializada já havia prendido o segundo envolvido (de 54 anos), que é dono da granja que funcionou como cativeiro.
A prisão deste domingo a DRF teve o apoio do CICC-2ª REISP e NIP 2ª REISP
AS PRISÕES...
O primeiro preso, dia 15
Foi possível observar também pelas imagens que junto a esse Jeep estaria também dando apoio um veículo Agile de cor vermelha (que foi a partir desse Agile que toda a investigação começou a acontecer. Uma vez que o Jeep estava com a placa clonada e o Agile estava registrado em nome de um cidadão de 36 anos, aqui da cidade de Campina Grande, que por sinal já foi alvo da Polícia Federal o ano passado, tendo sido preso por organização criminosa por tráfico de drogas e vendas de armas de fogo de forma ilegal);
Foi representado pela Prisão Preventiva e Busca na residência do homem e foi efetuado o cumprimento desse Mandado, assim como foi apreendido o material de armamento e munições e acessórios na casa dele;
Ele já estava com o direito de ter essas armas, caçado (não poderia estar com elas)”, disse a delegada Elizabeth Beckham.
O primeiro homem preso negou envolvimento
Em relação ao envolvimento, ele nega toda a participação, inclusive o veículo de Agile de cor vermelha (que foi aprendido) diz que não era o veículo dele, porém tem características muito específicas no veículo que são percebidas na imagem, como farol, placa, algumas falhas que tem no veículo, então todas são percebidas nas imagens, o que confirma a participação do veículo registrado em nome dele;
E em relação ao material, ele alega que, apesar dessa restrição de direito (pela ação da Polícia Federal), teria recorrido por meio dos seus advogados essa decisão, e por isso esse material está em seu poder”.
Em princípio as acusações contra o homem são de extorsão mediante sequestro e pelo posse de armas.
O segundo preso, dia 17
O homem preso tem 54 anos e é o dono da granja (que serviu como cativeiro) onde o empresário passou cerca de 20 horas amordaçado, amarrado e ameaçado pelo sequestradores.
O homem foi preso no Bairro Cruzeiro, em Campina Grande.
A DRF recolheu facas de caça e outros materiais.
O homem também negou envolvimento.
 A partir dessas novas investigações foi possível identificar o local do cativeiro (uma propriedade rural na área de Lagoa Seca) e a partir então verificamos quem seria o seu proprietário;
Verificamos o sistema de internet e fizemos uma breve análise eletrônica (uma vez que foi tudo muito rápido) e chegamos a esse indivíduo de 54 anos que foi preso na tarde de ontem (acusado de participação, também, nessa organização criminosa);
Foi possível verificar pela oitiva (pelo interrogatório do próprio preso) que ele tem uma relação de mais de dez anos com o primeiro preso no último domingo e ele também CAC que ele tem registro de armas, inclusive, ele tem registrado em nome dele um rifle 22 e uma pistola;
Ontem foi dado também cumprimento a três Mandados de Busca e essas armas elas não foram localizadas (uma vez que ele tem esse registro, como registro é de posse, as armas deveriam estar no endereço registrado) e, uma vez que elas não foram localizadas, ele também foi autuado em flagrante pela ocultação de arma de fogo de uso permitido”, disse a delegada Elizabeth Beckham.
As diligências foram realizadas pelas equipes de investigadores, uma vez que desde a data do fato fazíamos uma varredura no local, juntamente com a equipe da Seccional de Esperança;
Foi utilizado drones e os equipamentos para poder fazer o levantamento aéreo do local;
Os investigadores, diante das características repassadas pela vítima, conseguiram identificar essa propriedade rural e a vítima foi levada novamente ao local e confirmou com 100% de certeza que era aquele local onde ela se encontrava, inclusive ela conseguiu identificar pontos específicos, situações específicas, o colchão, algumas cerâmica, alguns pontos daquele cômodo em que ficou durante 20 horas nas mãos dos criminosos”.
O PAGAMENTO DO RESGATE...
Conforme a DRF, os sequestradores pediram “50 milhões de reais” para liberar a vítima, no entanto não foi esse o valor pago aos criminosos.
O valor total pago foi de “500 mil reais” em espécie, sendo um montante de “100 mil reais” e outro montante de “400 mil reais”.
O pagamento foi realizado duas vezes a mesma pessoa na madrugada da segunda (09) em frente ao Hospital de Trauma, porém esses detalhes ainda não foram confirmados pelo DRF.
Sobre esse pagamento a delegada disse que “a entrega do resgate foi desde a data, de fato, entre o dia 8 e o dia 9. Foi feita a entrega de uma quantia considerável que não foi divulgada. Esse valor foi pago em espécie. Foi mantido contato com o filho da vítima e, após a entrega do segundo resgate, a vítima foi liberada na condição de que a família conseguisse o restante do valor exigido”.
Vale salientar que a Polícia só tomou conhecimento do crime após os pagamentos.
O boletim foi registrado no dia seguinte.
(Por www.renatodiniz.com)

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