Pacientes que participaram de um mutirão oftalmológico realizado na última quinta-feira (15/05), no Hospital de Clínicas de Campina Grande, denunciaram complicações graves nos olhos após os procedimentos.
De acordo com as denúncias, que começaram
a ser veiculadas nesta segunda-feira (19), já no fim de semana seguinte ao
mutirão, diversos pacientes procuraram atendimento em outras unidades de saúde
relatando dores intensas e sinais de infecção ocular.
Um dos casos de pacientes infectados é o
de uma idosa de 89 anos, que perdeu completamente a visão de um dos olhos após
o procedimento.
Segundo a família, a paciente, que tinha
um edema macular, vinha apresentando melhora com as aplicações mensais.
A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba
informou que dos 64 pacientes submetidos às cirurgias, quatro pacientes
apresentaram desconfortos e que foi instaurado um processo administrativo para
apurar o caso.
Em razão disso, a SES instaurou processos
administrativos para investigar as responsabilidades da empresa e apurar as
condutas adotadas no caso.
Por meio de nota, afirmou que está
apurando possíveis irregularidades em cirurgias oftalmológicas e que os
procedimentos foram executados pela empresa Fundação Rubens Dutra Segundo,
contratada pela SES, sendo os profissionais e o fornecimento de materiais
utilizados durante as intervenções de responsabilidade exclusiva da empresa.
VEJA A NOTA DA SECRETARIA
Secretaria de Saúde apura
irregularidades em cirurgias oftalmológicas em Campina
A Secretaria de Estado da Saúde
(SES) informa que está apurando possíveis irregularidades em cirurgias
oftalmológicas realizadas no último dia 15, em Campina Grande.
Os procedimentos foram executados
pela empresa Fundação Rubens Dutra Segundo, contratada pela SES, sendo os
profissionais e o fornecimento de materiais utilizados durante as intervenções
de responsabilidade exclusiva da empresa.
Dos 64 pacientes submetidos às
cirurgias, 9 apresentaram desconfortos persistentes durante o período de
recuperação, com suspeita de baixa visão.
Após análise dos materiais da
empresa que estavam dentro do hospital, a SES identificou 30 frascos da
medicação utilizada, dos quais 6 estavam vencidos e abertos, com indícios de
terem sido utilizados nos pacientes que apresentam sintomas graves.
Diante dessas irregularidades, a
SES instaurou processos administrativos, éticos e criminais para investigar as
responsabilidades da empresa e apurar as condutas adotadas no caso.
O contrato com a empresa foi
suspenso na manhã de hoje (terça 20), e a mesma responderá administrativamente
e criminalmente pelos fatos apurados.
Enquanto a apuração está em curso,
a SES está acolhendo todos os pacientes afetados, oferecendo suporte integral,
incluindo reavaliações médicas, acompanhamento contínuo e logística para
tratamentos complementares em nossas unidades hospitalares e clínicas do
estado.
A Secretaria reforça seu
compromisso com a segurança e o bem-estar da população paraibana, assegurando
que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para esclarecer os fatos e
garantir a qualidade dos serviços prestados na rede estadual de saúde.
FUNDAÇÃO E HELP
A Fundação Rubens Dutra Segundo empresa
contratada pela SES-PB para realizar o mutirão oftalmológico, informou, por
meio de seu presidente, Robson Dutra, que a fundação irá apurar o caso.
O Help, hospital filantrópico, informou
também por meio de nota que “atende exclusivamente os pacientes do Sistema
Único de Saúde (SUS) por meio de regulação” e que “recebeu dois pacientes com
demandas oftalmológicas, devidamente encaminhados pelas autoridades
competentes”.
MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público da Paraíba (MPPB)
abriu, nesta terça-feira (20), uma investigação sobre os casos de pacientes que
passaram por procedimentos oftalmológicos no Hospital de Clínicas de Campina
Grande e relatam complicações como infecções e perda de visão.
A promotora de Justiça Adriana Amorim
determinou que a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) apresente,
em até 10 dias, informações detalhadas sobre o mutirão.
A pasta deve informar o total de pacientes
atendidos, os tipos de procedimentos realizados e os critérios para a seleção
dos pacientes.
Também foi solicitada a relação dos
profissionais envolvidos, com suas qualificações, e o contrato firmado com a
Fundação Rubens Dutra Segundo (responsável pelas intervenções), destacando as
responsabilidades técnicas e administrativas.
Parte dos medicamentos usados em um
mutirão oftalmológico que aconteceu no Hospital de Clínicas em Campina Grande,
estava vencida.
A informação foi confirmada nesta
terça-feira (20) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), após pacientes que
passaram por procedimentos no mutirão relatarem infecção e perda de visão.
De acordo com a SES-PB, ao menos 6 dos 30
frascos da medicação utilizada estavam vencidos e abertos.
Há indícios de que os medicamentos
vencidos foram usados no mutirão oftalmológico realizado na última quinta-feira
(15).
Ainda segundo o órgão, a quantidade de
pacientes que apresentam desconforto persistente e baixa visão subiu de 4 para
9.
(Por www.renatodiniz.com com informações do g1 e SEC SAÚDE/PB)
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