Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15
anos, foi encontrada morta pela mãe no dia 24 de março de 2025, em Itaueira,
município do interior do Piauí.
A adolescente estava grávida de cinco
meses e morava com a mãe, Marisa Rodrigues.
Na sexta-feira (30/05) a Polícia Civil
prendeu Ramon Silva Gomes, padrasto da vítima.
Segundo o delegado João Ênio, ele foi
preso porque alegou em depoimento que não estava no local do crime, mas a
localização do seu celular apontou que ele estava na casa no momento do
assassinato.
O corpo da adolescente foi exumado em 10
de abril para que novas provas biológicas fossem coletadas e ajudassem a
esclarecer a autoria do crime.
A polícia aguarda os dados da Polícia
Científica para concluir o inquérito.
Quem é a vítima?
Maria Victória Rodrigues morava com a mãe,
em Itaueira, e adorava vaquejada, crianças, sair com as amigas e ir para a casa
da avó materna.
Quando ela tinha 1 ano de idade seus pais
se separaram.
"Ela só tava começando a vida.
Tava esperando meu netinho, apesar da pouca idade, apesar da gente dizer que
não era hora. Ela tava tão feliz de ter esse filho e foi tirada essa
oportunidade dela. Tiraram a oportunidade da minha filha viver coisas novas",
afirmou a mãe e trabalhadora rural Marisa Rodrigues.
"Minha filha era uma menina muito
boa, muito carinhosa. Todo mundo gostava dela, fazia amizade fácil. Nunca me
deu trabalho em questão de estudo, nunca precisou eu pegar no pé dela para ela
estudar, sempre tirou boas notas, graças a Deus", disse a mãe.
Quem é o suspeito
Atualmente o principal suspeito do crime,
que está preso preventivamente, é o padrasto da vítima, Ramon Silva Gomes.
O ex-namorado de Maria Victória, e pai do
filho que ela gestava, chegou a ser considerado suspeito pelo delegado João
Ênio, titular da Delegacia de Itaueira.
Mas essa hipótese foi descartada.
Alguém foi preso?
Ramon Silva Gomes foi preso na manhã de
sexta-feira (30), suspeito de assassinar a adolescente grávida.
O investigado é padrasto da vítima.
Ele foi preso porque afirmou à polícia que
não estava na casa, mas a localização do celular apontou a presença do padrasto
no momento do crime.
A prisão foi efetuada por volta das 11h30
e o suspeito foi conduzido à Delegacia Regional de Canto do Buriti.
O que diz a mãe
Marisa Rodrigues, mãe de Maria Victória
Rodrigues, disse em entrevista ao g1 neste sábado (31) que seu então
companheiro, padrasto da vítima, tinha o hábito de sair sozinho com Victória.
Marisa disse que não vai declarar nada
sobre a prisão do companheiro.
O bebê que Maria Victória esperava já
tinha nome e se movimentava na barriga, segundo a mãe da jovem em entrevista ao
Bom Dia Piauí.
A mulher sentiu a barriga da filha pela
última vez uma hora antes de encontrá-la morta em casa.
“Eu saí umas sete horas da noite, fui
para a catequese e ela ficou deitada na rede. Ela disse ‘mãe, corre aqui que
Isaac tá pulando’. Fui lá, peguei na barriga dela e o neném parou de mexer. Eu
disse ‘eita, que tu não mexe com vovó, hein?", relembrou Marisa.
Marisa voltou para casa cerca de uma hora
depois, às 20h, e percebeu que a porta estava aberta.
Ela chegou a pensar que Maria Victória
tivesse saído com o padrasto, mas ligou para o celular da filha e não teve
retorno. Também foi ao quarto da adolescente e não a encontrou.
Quando finalmente foi ao próprio quarto,
viu a filha ensanguentada e caída no cômodo.
“Abri a porta do meu quarto e me
deparei com minha filha daquele jeito. Saí correndo para pedir ajuda, fiquei do
lado dela procurando o pulso e tentei reanimá-la, mas vi que ela estava sem
vida. Aí parei. Não pude fazer mais nada”, lamentou.
Corpo exumado
Maria Victória teve perfurações no tórax,
inchaços no rosto e pescoço e hematomas no braço.
O corpo dela foi exumado em 10 de abril
para que novas provas biológicas fossem coletadas e ajudassem a esclarecer a
autoria do crime.
Arma do crime
De acordo com o delegado João Ênio,
familiares relataram ter encontrado uma faca na residência, no dia do crime.
No entanto, após procura, o objeto
descrito não foi achado pela polícia.
Um celular da adolescente também não foi
localizado.
"Ninguém relatou ter visto a
morte. A arma do crime também sumiu. A família nos contou sobre uma faca no
local, procuraram, mas nada com a característica descrita foi encontrado",
contou.
(Do g1 PI)
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