Os dois principais líderes militares do Irã foram mortos em um ataque da Força Aérea de Israel na madrugada de sexta-feira (13/06), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília.
A TV estatal do Irã informou que os chefes
das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e da Guarda Revolucionária, Hossein
Salami, além de dois cientistas nucleares morreram nos bombardeios.
Pouco após os ataques, o premiê
israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um pronunciamento gravado com
antecedência:
"Estamos em um momento decisivo
na história de Israel", disse o premiê.
Em seu discurso, Netanyahu afirma que o
principal alvo é a usina iraniana de Natanz, considerada "o coração
do programa de enriquecimento" de urânio. Ele afirma que
cientistas que participam do programa nuclear do país também foram alvejados.
O primeiro-ministro disse que a operação
militar tem como objetivo deter "a ameaça iraniana à própria
sobrevivência de Israel" e que os ataques continuarão "por
quantos dias forem necessários".
O ministro da Defesa de Israel, Israel
Katz, declarou estado de emergência no país e afirmou que o espaço aéreo
israelense foi fechado como medida para evitar ataques retaliatórios.
"Há poucos instantes, dezenas
de jatos da IAF (Força Aérea Israelense) completaram a primeira fase que
incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em
diferentes áreas do Irã", disseram as Forças de Defesa de Israel,
em comunicado.
Os EUA não tiveram envolvimento na
operação, segundo o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
O ataque acontece em meio a crescentes
tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Segundo um oficial das Forças de Defesa de
Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir 15 ogivas nucleares em
questão de dias, e o regime iraniano está em um estágio avançado de um programa
nuclear secreto para desenvolver uma bomba.
Os ataques desta noite têm
"dezenas" de alvos em todo o Irã, segundo Tel Aviv.
Segundo os israelenses, o programa nuclear
iraniano constitui uma ameaça à existência de Israel.
As autoridades iranianas suspenderam todos
os voos partindo e com destino ao aeroporto de Teerã.
Segundo a Reuters, o governo iraniano
conduz uma reunião de emergência momentos após o ataque.
EUA ESVAZIAM EMBAIXADAS
Na quarta, os Estados Unidos haviam
começado a esvaziar embaixadas no Oriente Médio devido ao risco de ataques
entre os dois países causarem distúrbios na região.
Em abril, de acordo com o jornal "The
New York Times", o presidente Donald Trump se opôs a planos de Israel para
bombardear instalações nucleares do Irã.
À época, Trump afirmou que qualquer ação
militar prejudicaria as negociações para um acordo nuclear entre os dois
países.
Nos últimos dias, no entanto, o presidente
tem demonstrado pessimismo em relação ao acordo.
Ao "New York Post", ele disse
estar "muito menos confiante" de que um tratado será fechado.
Trump já havia indicado que poderia atacar
o Irã caso as negociações fracassassem.
Em abril, o presidente afirmou que Israel
poderia liderar o bombardeio com a coordenação dos Estados Unidos.
Por outro lado, a Casa Branca teme que o
governo israelense conduza um ataque sem o consentimento dos americanos.
CENSURA DE AGÊNCIA DA ONU
O Irã afirmou nesta quinta que construiu e
iria ativar uma terceira instalação de enriquecimento de material nuclear,
aumentando significativamente sua produção de urânio enriquecido e desafiando
exigências dos EUA e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A AIEA, que é uma agência da ONU, censurou
o país por não cumprir obrigações de não proliferação destinadas a impedir o
desenvolvimento de armas nucleares em todo o mundo, e em meio a um temor de um
ataque israelense em território iraniano.
(Do g1)
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