Uma fábrica clandestina de armas
descoberta na madrugada desta quinta-feira (21/08) em Santa Bárbara d'Oeste
abastece facções criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A informação é do setor de inteligência da
Polícia Militar.
Dois suspeitos foram presos.
Durante operação conjunta com a Polícia
Federal, as equipes apreenderam 40 fuzis modelo AR-15, que já estavam em fase
de finalização, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) de São
Paulo.
Na fábrica clandestina, eram produzidas
armas usando usinagem e softwares de precisão.
PEÇAS PRODUZIDAS POR IMPRESSORA 3DA investigação constatou que peças usadas
na fabricação das armas eram produzidas com uso de impressora 3D.
"Essas peças não foram produzidas num
modo comum, por impressora 3D, mas por usinagem, onde a peça é completa,
robusta e muito mais resistente.
Então, nos chama a atenção a precisão, a
quantidade e a forma que eram produzidas essas armas", informa o delegado
da PF.
"Nós voltamos à fábrica e
constatamos ali que realmente existe uma grande quantidade de equipamentos
milionários, com alta precisão e software necessário para produzir essas peças",
disse o advogado.
INVESTIGAÇÕESA PF recebeu informações sobre uma fábrica
ilegal de armas de fogo, usando equipamentos industriais de alta precisão.
As investigações duraram cerca de dez
dias.
PRISÕESDois homens suspeitos de fabricar os fuzis
para as organizações criminosas foram presos nesta quarta-feira (20) no Bairro
Novo Mundo, em Americana (SP), segundo a Polícia Federal.
A ação ocorreu enquanto a dupla
descarregava peças usadas no armamento em uma casa.
Um dos presos, de 38 anos, mora em
Campinas (SP), e o outro, de 33 anos, é morador de São João da Boa Vista (SP).
Os dois foram presos em flagrante por
posse e comércio ilegal de arma de fogo.
As penas podem chegar a 18 anos de prisão.
No endereço indicado, em Santa Bárbara,
foram encontradas máquinas, ferramentas e moldes usados na fabricação das
armas. O local passou por perícia.
Ainda conforme informações da SSP, a dupla
confessou que trabalhava na fabricação de armas e indicou o galpão onde elas
eram armazenadas.
A Polícia Federal informou que vai
continuar as investigações para identificar outros envolvidos no crime.
A FÁBRICA

Depois da denúncia, os policiais notaram
uma "movimentação atípica" na fábrica que, supostamente, funcionava
como unidade de produção de peças aeronáuticas.
"Nós vimos uma movimentação
noturna, uma falta de movimentação durante o dia e nós começamos a acompanhar
ali o que acontecia", explica Souza.
A equipe acompanhou os investigados até a
casa em Americana e constatou que as caixas que estavam sendo descarregadas no
local continham peças de fuzis.
No imóvel, além de fuzis, foram
encontradas munições e outras peças de armas de fogo.
Os suspeitos disseram aos policiais que
fabricavam réplicas do armamento, para vendê-las para compradores em diversos
estados do Brasil.
(Do g1)
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