quinta-feira, 18 de setembro de 2025

FORÇA TAREFA FAZ OPERAÇÃO MINANDO AS FINANÇAS DE FACÇÃO CRIMINOSA NA PARAÍBA

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado na Paraíba (FICCO/PB) deflagrou, na manhã desta quinta (18/09) a Operação Stakeholders II, para desarticular três núcleos estratégicos de uma facção criminosa: o financeiro, o administrativo e o de comando.

O núcleo de comando é o integrado pelos presidentes e conselheiros da facção criminosa dominante no estado da Paraíba.
Foram cumpridos 13 Mandados de Busca e Apreensão, 10 Mandados de Prisão Preventiva e sequestro de bens e valores.
As ações ocorreram em João Pessoa, Sertãozinho, Guarabira, Santa Rita, e Campina Grande, na Paraíba; e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
70 policiais participam da ação (Polícias Federal, Civil, Militar, Penal estadual, Penal federal e outros órgãos).
A facção mantinha um sofisticado sistema de arrecadação (“caixinhas”) por meio de contas bancárias e chaves PIX em nome de terceiros, utilizado para compra de armas e custear as despesas de criminosos presos.
Conforme a Força Tarefa, o braço administrativo da facção era responsável pelo gerenciamento dos dados dos integrantes, controle de territórios e manutenção da hierarquia interna.
Já o núcleo de comando ditava ordens estratégicas, incluindo expulsões, decretos de morte e decisões de expansão territorial.
A operação foi denominada Stakeholders II que denomina uma pessoa que tem de certa maneira. relevância dentro de uma organização.
E nome “Stakeholders” foi escolhido porque as investigações revelaram que a facção Nova Okaida mantinha uma estrutura burocrática e financeira altamente organizada, semelhante à de uma empresa.
Dentro dessa lógica:
*As “caixinhas” funcionavam como fundos de custeio, arrecadando e redistribuindo valores para sustentar o grupo (advogados, armas, familiares de presos, logística).
*As “cadastreiras” exerciam papel administrativo, gerenciando bancos de dados de membros, “quebradas” (territórios) e hierarquia interna.
*A liderança mantinha um núcleo de comando ativo, emitindo ordens e controlando a facção.
Assim, cada integrante desempenhava um papel específico na engrenagem da organização criminosa, como se fosse um “acionista oculto” ou stakeholder — termo do mundo corporativo que significa parte interessada, aquele que tem envolvimento direto ou indireto nos resultados de uma empresa.
(Por www.renatodiniz.com com informações da PF)

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