A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado na Paraíba (FICCO/PB) deflagrou, na manhã desta quinta (18/09) a Operação Stakeholders II, para desarticular três núcleos estratégicos de uma facção criminosa: o financeiro, o administrativo e o de comando.
O núcleo de comando é o integrado pelos
presidentes e conselheiros da facção criminosa dominante no estado da Paraíba.
Foram cumpridos 13 Mandados de Busca e
Apreensão, 10 Mandados de Prisão Preventiva e sequestro de bens e valores.
As ações ocorreram em João Pessoa,
Sertãozinho, Guarabira, Santa Rita, e Campina Grande, na Paraíba; e Campo
Grande, no Mato Grosso do Sul.
70 policiais participam da ação (Polícias
Federal, Civil, Militar, Penal estadual, Penal federal e outros órgãos).
A facção mantinha um sofisticado sistema
de arrecadação (“caixinhas”) por meio de contas bancárias e chaves PIX em nome
de terceiros, utilizado para compra de armas e custear as despesas de
criminosos presos.
Conforme a Força Tarefa, o braço
administrativo da facção era responsável pelo gerenciamento dos dados dos
integrantes, controle de territórios e manutenção da hierarquia interna.
Já o núcleo de comando ditava ordens
estratégicas, incluindo expulsões, decretos de morte e decisões de expansão
territorial.
A operação foi denominada Stakeholders II
que denomina uma pessoa que tem de certa maneira. relevância dentro de uma
organização.
E nome “Stakeholders” foi escolhido porque
as investigações revelaram que a facção Nova Okaida mantinha uma estrutura
burocrática e financeira altamente organizada, semelhante à de uma empresa.
Dentro dessa lógica:
*As “caixinhas” funcionavam como
fundos de custeio, arrecadando e redistribuindo valores para sustentar o grupo
(advogados, armas, familiares de presos, logística).
*As “cadastreiras” exerciam papel
administrativo, gerenciando bancos de dados de membros, “quebradas”
(territórios) e hierarquia interna.
*A liderança mantinha um núcleo de comando
ativo, emitindo ordens e controlando a facção.
Assim, cada integrante desempenhava um
papel específico na engrenagem da organização criminosa, como se fosse um
“acionista oculto” ou stakeholder — termo do mundo corporativo que significa
parte interessada, aquele que tem envolvimento direto ou indireto nos
resultados de uma empresa.
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