O chefe da facção criminosa Comando Vermelho na Paraíba, alvo de uma operação da Polícia Civil que bloqueou “125 milhões de reais” do grupo e prendeu 24 pessoas, é Flávio de Lima Monteiro, mais conhecido como “Fatoka”.
Cinco Mandados de Prisão estão em aberto
contra ele por diversos crimes.
Apesar da operação que aconteceu na manhã
desta terça-feira (30/09), Fatoka está foragido.
A Delegacia de Repressão ao Crime
Organizado (Draco) informou que o quadro de inteligência da corporação apontou
que o suspeito está escondido na Região do Complexo do Alemão, no Rio de
Janeiro, que é o berço do Comando Vermelho.
Das prisões, 23 foram na Paraíba e uma no
Rio de Janeiro.
Desse total, sete foram presos em
flagrante e 17 foram alvos dos Mandados de Prisão Preventiva da operação.
Os Mandados foram nas cidades de João
Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e em
comunidades do Rio de Janeiro.
O primeiro registro de Fatoka na prisão
foi em 2012.
Naquela ocasião ele foi preso porque era o
responsável por comandar uma facção criminosa paraibana, promover rebeliões em
presídios e também por ser mandante de diversos homicídios violentos em João
Pessoa naquela época.
Ele ficou preso de 2012 até 2018, quando
houve uma fuga em massa de presos da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor
Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecida como PB1.
Ele foi um dos 92 presos que fugiram em
uma rebelião que consistiu na utilização de explosivos para derrubar o portão
principal.
Meses depois da fuga, Fatoka foi
localizado em Alagoas e preso novamente.
A Polícia Federal recebeu uma denúncia
anônima de que traficantes estavam se passando por veranistas e estavam
escondidos em uma casa de praia no estado.
No entanto, após a prisão, houve o
relaxamento do cumprimento da pena por parte da Justiça, isso porque ele foi
posto em liberdade para cumprir medidas cautelares, com o uso de tornozeleira
eletrônica.
Conforme a Polícia Civil, ele rompeu a
tornozeleira e depois fugiu para o Rio de Janeiro.
Além dos crimes praticados no âmbito de
assassinato e tráfico de drogas, Fatoka também é investigado atualmente pela
Justiça por ter aliciado violentamente eleitores da cidade de Cabedelo, no
Litoral da Paraíba, durante as Eleições de 2024.
O suspeito também é investigado por ter
apontado pessoas para ocupar cargos públicos.
Quem comanda essas investigações é a
Polícia Federal com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco-PB).
Outro alvo da operação contra a facção foi
Flávia Santos Lima Monteiro.
Ela está presa desde novembro de 2024,
apontada como funcionária fantasma da Prefeitura de Cabedelo e um “elo” entre a
gestão da época e o grupo criminoso que interferiu nas eleições.
À época, o ex-prefeito Vitor Hugo e o
prefeito eleito André Coutinho também foram investigados.
(Do g1 PB)
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