Após a morte com suspeita de intoxicação por bebida adulterada com metanol, a Polícia Civil e a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) realizaram, no sábado (04/10), uma operação em Baraúna.
Durante a ação, a Agevisa interditou um
depósito de bebidas que funcionava sem certificações, onde também foram
encontrados frascos com indícios de reutilização.
Diversas bebidas foram recolhidas, sendo
uma parte dessas bebidas encaminhada para o Instituto de Polícia Científica
(IPC), que fará exames periciais, e parte levada pela Agevisa.
A Polícia Civil informou que deve divulgar
em breve a estimativa da quantidade de bebidas apreendidas.
De acordo com a delegada Nercília Dantas,
o responsável pelo depósito era quem distribuía as bebidas na cidade.
Ele foi ouvido na delegacia.
Pais de homem que morreu por
suspeita de intoxicação por bebida com metanol relatam dor da perda e surpresa:
‘Aconteceu muito rápido’
Os pais de Rariel Dantas, de 32 anos, que
morreu no sábado (04), em Campina Grande, por suspeita de intoxicação após
consumo de bebida adulterada com metanol, lamentaram a perda do filho e
relataram os últimos momentos antes da internação.
“Não [dava pra imaginar], de jeito
nenhum, porque aconteceu rápido, muito rápido, e fica uma situação de saudade”,
disse o pai, Manuel Pereira, à TV Paraíba,
A mãe, Rosilene Dantas, relatou que o
filho demonstrou consciência do mal que o álcool estava lhe causando e chegou a
prometer que abandonaria o consumo, caso conseguisse se recuperar.
“A gente conversava direto [com
ele], todo dia dentro de casa [para parar com o consumo de bebida alcoólica],
mas ele bebia. Tinha controle não. Era muito bom filho. Deu muita tontura,
vomitou muito, ardor no estômago. Ele me disse: ‘mãe, se eu escapar dessa, não
quero mais saber de bebida’. Eu disse: ‘muito bem, meu filho, queira não,
queira mais estar bebendo não, porque bebida está lhe ofendendo’”,
relatou Rosilene.
O pai, Manuel Pereira, lembrou que sempre
aconselhava o filho a abandonar o consumo de bebidas alcoólicas e descreveu a
cena de quando precisou carregá-lo nos braços até o carro, ao perceber a
gravidade da situação.
“Dei muitos conselhos para ele
[parar com o consumo de bebida alcoólica], e quando aconteceu esse caso fazia
mais de 15 dias que ele estava sem beber. Eu notei uma reação muito difícil
depois que ele bebeu essa bebida. Na quinta à noite ele teve uma crise de
vômito, eu vi ele esmorecendo. Eu levei ele para o carro nos braços, porque ele
não estava em condição de ir [andando sozinho], a bebida estava destruindo. Só
Deus na causa”, desabafou o pai da vítima.
(Do g1 PB)
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