O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
apresentou duas versões diferentes para a violação da tornozeleira eletrônica
que usa.
Ele teve a prisão preventiva mantida após
passar por audiência de custódia às 12h de hoje, por videoconferência.
O QUE ACONTECEU
Em audiência de custódia, Bolsonaro disse
que teve uma "alucinação" ao tentar violar o equipamento.
Ele disse que "tinha alguma escuta na
tornozeleira" e, por isso, teria tentado abrir a tampa.
"O depoente afirmou que não se lembra
de surto dessa natureza em outra ocasião", diz a ata da audiência.
Segundo Bolsonaro, ele passou a tomar um
dos remédios cerca de quatro dias antes dos fatos que levaram à prisão.
Em primeira versão, Bolsonaro havia dito
que violou a tornozeleira por curiosidade.
Ao ser questionado por uma servidora de
administração penitenciária do Distrito Federal, ele afirmou: "Meti
ferro quente, meti ferro quente aí... curiosidade". Ao ser perguntado
"que ferro foi? Ferro de passar?" ele respondeu: "Ferro de
soldar, solda".
BOLSONARO ALEGA ALUCINAÇÃO
Ex-presidente disse hoje em audiência de
custódia que teve "alucinações" e "certa paranoia".
Ele disse que teve "certa
paranoia" de sexta para sábado em razão de medicamentos que tem tomado.
Segundo ele, medicação foi receitada por
médicos diferentes e que "interagiram de forma inadequada".
Além disso, afirmou que passou a tomar um
dos remédios cerca de quatro dias antes dos fatos que levaram à sua prisão.
Bolsonaro disse que agiu sozinho, e que a
filha Laura, seu irmão mais velho e um assessor dormiam e não viram a ação.
Ele tentou romper sua tornozeleira
eletrônica usando um ferro de solda "pois tem curso de operação
desse tipo de equipamento".
A audiência de custódia foi conduzida pela
juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino.
Ele disse que parou de usar a solda quando
"caiu na razão". Segundo Bolsonaro, em seguida, ele teria comunicado
o que tinha feito aos agentes de sua custódia.
O centro que monitora Bolsonaro desde 18
de julho informou que o sistema gerou alerta "indicando violação" à
0h07 de ontem.
Apesar da audiência de custódia, a juíza
não tinha poder para revogar a prisão.
Como ela foi decretada por um ministro do
STF, a decisão sobre sua manutenção caberá à Primeira Turma do Supremo.
Hoje, o juiz apenas repassará o relatório
da audiência a Moraes e, depois, à Primeira Turma.
(Por Uol)

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