quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

O CASO DA JOVEM QUE MORREU AO CAIR DO 10ºANDAR DE PRÉDIO E QUE O MARIDO FOI PRESO COMO SUSPEITO DE ARREMESSÁ-LA

*Suspeito foi ao velório e chorou
*Ele lucrou “12 milhões de reais com produtora do filme de Bolsonaro

Alex Leandro Bispo dos Santos foi preso nesta terça-feira (09/12) sob acusação de matar a esposa, Maria Katiane Gomes da Silva, de 25 anos, arremessando-a do 10º andar de um edifício na Zona Sul de São Paulo.

Natural de Crateús, no Sertão do Ceará, Maria Katiane residia na capital paulista, mas mantinha fortes laços com sua terra natal, onde vive sua filha.
Nas redes sociais, a jovem mantinha um perfil ativo e vibrante, compartilhando momentos de lazer em viagens, além de criar conteúdo sobre estética, dicas de maquiagem e rotinas de treino. 
Uma tia de Maria Katiane expressou indignação e dor em uma publicação nas redes sociais.
Ela citou o caráter possessivo do relacionamento, classificando o sentimento do agressor como "doentio".
Queremos Justiça pela vida de Katiane Gomes. Ela não pode mais falar pois sua voz foi calada por um cara que a dizia amar, onde tudo não passava de um sentimento de posse, um sentimento doentio. Hoje, como tia, eu estou com meu coração apertado, com um sentimento de indignação, assim como sua mãe e toda nossa família, pedimos justiça por Katiane Gomes”.
Imagens de câmeras de segurança contradisseram a versão inicial do investigado e expuseram cenas de violência minutos antes da morte.
O circuito interno do condomínio registrou uma sequência de ataques físicos e psicológicos.
Inicialmente, no estacionamento, o homem é flagrado desferindo socos contra a companheira.
A violência continua no elevador, onde as imagens mostram uma discussão acalorada seguida por tentativas do agressor de agarrar o pescoço da vítima.
Em outro momento, Alex arranca Maria Katiane do interior da cabine de forma violenta; ela tenta resistir, segurando-se nas portas, mas é superada pela força física do marido.
Cerca de um minuto depois, o suspeito retorna sozinho ao elevador, senta-se no chão e leva as mãos à cabeça, mostrando desespero.
O caso, ocorrido em 29 de novembro, foi inicialmente tratado pelas autoridades como morte suspeita.
Na ocasião, vizinhos acionaram a Polícia Militar e o Samu após escutarem gritos seguidos pelo estrondo do impacto no solo.
Ao chegarem ao local, os agentes encontraram Alex abraçado ao corpo da esposa, alegando que ela havia tirado a própria vida após uma briga conjugal.
Contudo, a narrativa de suicídio não se sustentou durante a investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e do 89º Distrito Policial (Jardim Taboão).
Além das imagens das áreas comuns, a perícia analisou gravações de câmeras instaladas dentro do apartamento do casal e encontrou inconsistências nos depoimentos.
Diante do conjunto de provas, a Justiça decretou a prisão temporária de Alex, que agora responde por feminicídio consumado.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que as investigações seguem em andamento pelo 89º Distrito Policial (Jardim Taboão), que requisitou exames periciais e realiza outras diligências para o completo esclarecimento dos fatos.
SUSPEITO FOI AO VELÓRIO E CHOROU
Após a morte da esposa, ele viajou até a cidade de Crateús, no Ceará, e foi ao velório.
Na época, a morte havia sido classificada pela polícia como acidental.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o homem chorando abraçado ao caixão. Até então, amigos e familiares acreditavam na versão do suspeito, de que Maria Katiane teria caído de forma acidental.
Suspeito passou uma semana no Ceará antes de voltar para São Paulo.
Ele foi preso ontem em sua casa após a polícia ter acesso às imagens de câmeras de segurança do prédio onde o casal morava.
SUSPEITO LUCROU R$ 12 MILHÕES COM PRODUTORA DO FILME DE BOLSONARO
Documentos obtidos por Demétrio Vechioli, do Metrópoles, revelam que Alex recebeu R$ 12 milhões do Instituto Conhecer Brasil (ICB), presidido por Karina Pereira da Gama, responsável pelo filme “Dark Horse”.
A origem do repasse está em um contrato de R$ 108 milhões assinado pela prefeitura de São Paulo para instalar e manter 5 mil pontos de wi-fi gratuito em comunidades de baixa renda.
A assinatura do acordo inclui os nomes de Alex Bispo, de sua esposa, Maria Katiane Gomes da Silva, como testemunha, e de Karina Gama.
Segundo levantamento do The Intercept, o edital que escolheu o ICB tinha ao menos 20 irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Município, como critérios genéricos para a seleção de uma ONG para prestar um serviço técnico que poderia ser desempenhado pela Prodam, empresa municipal especializada no setor.
Os valores pagos pelo contrato chamaram atenção: enquanto a Prodam cobra R$ 306 por ponto de wi-fi, o ICB foi contratado por R$ 1.800 pela instalação e mais R$ 1.800 mensais pela manutenção.
(De o Globo, Uol e Metrópoles)


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