sábado, 17 de janeiro de 2015

UM PM BALEADO EM CAMPINA, OS DIREITOS HUMANOS E O DESABAFO DE JORNALISTA POLICIAL

 
O jornalista e policial civil Saulo Nunes não se conteve diante de mais uma ação de que foi vítima um policial  militar em Campina Grande.
No paraibaemqap o jornalista policial foi contundente.
O renatodiniz.com reproduz esse desabafo

DIREITOS HUMANOS: UM PM BALEADO EM CAMPINA E UM ‘CONSELHO’ PARA UM NOME MAIS ADEQUADO
SAULO NUNES
paraibaemqap
"Mais uma vez, esperamos o Conselho Estadual dos Direitos Humanos da Paraíba e/ou outras entidades de mesma linhagem se manifestar a respeito da tentativa de latrocínio contra um ser humano que ajudava a sociedade em duas necessidades básicas: saúde e segurança.
Mas até o momento não encontramos nada de apoio à vítima.
Das duas, uma: ou a vítima não é um ser humano, ou seu caso não merece defesa.
Estamos falando dos tiros que podem deixar paraplégico o policial militar Ademir de Lima Camelo, 30 anos.
Ele foi alvejado na tarde dessa sexta-feira, 16 de janeiro, no bairro do José Pinheiro, em Campina Grande.
Tivemos a angustiante paciência de não publicar nada e aguardar o grupo mais barulhento que se diz ‘humanista’ na Paraíba emitir ao menos uma notinha sem sal em defesa de Ademir.
Mas nada.
Passamos o resto da tarde, a noite, a madrugada e o início da manhã deste sábado, 17, esperando.
E até agora nada.
Então, gozemos nós o nosso direito de repúdio às práticas desumanas.
Ademir estava estagiando numa Unidade Básica de Saúde. Não torturava ninguém.
Não espancava ninguém.
Usava o jaleco branco da paz ao invés da odiada farda caqui da PM.
Mesmo assim, foi atacado por três elementos que, estes sim, terão apoio incondicional das entidades a que nos referimos acima. Temos pena daqueles servidores públicos que ousarem ‘tocar’ nesses acusados.
Só para ilustrar essa compaixão, há menos de 48 horas publicamos a exclusão de três policiais militares acusados de “torturar” um sujeito apontado como autor de assalto em 2006. Ou seja, o recado da “política de polícia cidadã” está sendo dado.
O policial médico portava sua arma, por questões que só um imbecil da pior espécie não consegue entender (perdoe-nos os termos, mas não estamos aqui para agradar).
Além de ser uma necessidade no país que mais mata no mundo, é um direito dele, como policial, conduzir sua pistola a qualquer lugar permitido em lei.
Tentou reagir ao assalto (outro direito seu!), mas sucumbiu à desvantagem de três contra um.
Teve a arma subtraída e foi alvejado.
Atiraram para matar, não tenha dúvidas.
Atingido na coluna vertebral, perdeu os movimentos dos membros inferiores.
Corre sérios riscos de ficar paraplégico.
Além da arma, roubaram-lhe o direito de andar.
Talvez para sempre.
Os três acusados, um deles menor de idade, foram presos e entregues à Polícia Civil sem um arranhão sequer.
Jeferson Alves Pequeno, 20 anos, e Jailson Alves Vieira da Silva, 20 anos, quando chegarem à penitenciária, serão recebidos com uma salva de palmas.
Afinal, deixaram um policial inválido (menos um para proteger a população aqui fora).
Essas pessoas que se dizem “humanistas” nunca foram num presídio pedir ao menos que os detentos respeitem a disciplina da casa e não façam festa com morte de policiais.
Na próxima quarta-feira, 21, os quase assassinos já terão direito a receber mulheres para fazer sexo na prisão [por exemplo].
Se lhes for negado essa regalia, aí é matematicamente previsível que alguém muito preocupado com os “direitos humanos” invada a penitenciária sedento por justiça. 
Quando Ademir terá novamente esse direito na vida?
Como será a sua vida agora?
Quantas pessoas da nossa sociedade deixarão de ser beneficiadas pelo trabalho de Ademir, seja na saúde ou na segurança pública? Quantas outras pessoas serão vítimas desse trio criminoso, quando eles, muito em breve, deixarem a prisão?
São questionamentos que, ao que parece, não interessam ao Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba, cuja missão, única e exclusivamente, é “procurar abusos em penitenciárias do estado ou em ações da polícia”.
Nada contra.
Todo mundo merece ser ouvido e ter alguém em sua defesa.
Mas se for para ser ‘exclusivo’, faz logo como o Paraiba em QAP, que não esconde de ninguém sua missão de mostrar os abusos cometidos contra os profissionais de segurança pública (sim, eles existem!)."

Um comentário:

  1. parabens saulo nunes pelas suas palavras,agente que trabalhamos na área de saúde em nossa cidade especificamente no SAMU passamos todos os dias por estas dificuldade de insegurança quando chegamos nos locais para atende uma ocorrência sempre estamos sendo ameaçados onde deve rimos ser tratado como pessoas que estar ali para salvar vidas.

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