*Lucas
Sá será adjunto da Roubos e Furtos e Gadi da Infância e Juventude;
*Cláudio
Lima descarta ligação da Cartola com remoção de delegados
A
Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia na
Paraíba emitiu uma nota, nesta quarta-feira (31/10), contestando a
decisão do Governo do Estado em exonerar delegados da Polícia Civil
do Estado e remanejá-los para outros cargos.
A
entidade acusa o atual secretário de Segurança Pública, Cláudio
Lima, de interferência nos trabalhos que são desenvolvidos pelos
policiais.
"Um
dos mais graves problemas da Polícia Civil é a falta de autonomia
gerencial e as constantes ingerências do atual Secretário de
Segurança, que ocupa um cargo político, nas 'escolhas' de nomes que
dão 'resultados'. Afinal, a Polícia Civil tem um Delegado Geral,
que é o chefe da instituição. Talvez o senhor Secretário não
saiba, mas na pesquisa feita com os Delegados, mais de 98% estão
insatisfeitos com o tratamento dado pela Secretaria de Segurança à
Polícia Civil”, diz um trecho.
A
associação questiona, ainda, a falta de autonomia financeira,
administrativa e gerencial.
Por
fim, a ADEPDEL pede que o secretário possa esclarecer as exonerações
e destacou o trabalho desenvolvido pelos delegados.
"A
título de exemplo, a Delegacia de Defraudações, subordinada a 1ª
Superintendência Regional de Polícia Civil, é a que mais produz no
Estado e o Delegado Lucas de Sá é o Delegado com maior
produtividade na Polícia Civil, tendo seu trabalho reconhecido por
todos. A 1ª Superintendência Regional de Polícia Civil, que até
ontem tinha à frente o Delegado Marcos Paulo dos Anjos Vilela,
Superintendente por 07 anos (Campina Grande e João Pessoa), é que
mais contribui no Estado para a redução de homicídios, durante
últimos anos. É preciso que Excelentíssimo Senhor Secretário de
Segurança deixe os colegas trabalharem”, afirma em nota a
entidade.
CONFIRA
A NOTA NA ÍNTEGRA
A
Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da
Paraíba – ADEPDEL vem a público se manifestar sobre as
exonerações, de cargos em comissão, de Delegados de Polícia,
publicadas no diário oficial de 31 de Outubro de 2018.
Inicialmente,
cabe registrar o agradecimento a todos os colegas que foram
exonerados.
Sim,
agradecer.
A
ADEPDEL reconhece a dedicação à Polícia Civil, durante o tempo em
que ocuparam cargos importantes na gestão.
Vocês
enaltecem o nome da instituição.
A
Polícia Civil evoluiu muito nos últimos anos, com muitas operações
de repercussão nacional, redução de homicídios e aumento na
elucidação de crimes.
Foi
também considerada a melhor Polícia Civil do País, segundo
pesquisa da revista Exame.
E
os colegas, exonerados hoje, foram atores importantes desse processo.
A
sociedade reconhece o trabalho da Polícia Civil, de João Pessoa à
Cajazeiras.
Infelizmente,
a Polícia Civil não tem autonomia financeira, administrativa e
gerencial.
Além
disso, não evoluiu no tratamento humanitário ao policial.
Rapidamente, esquecem a quantidade de serviços prestados.
A
Polícia Judiciária Estadual fica à mercê de Secretários, que se
utilizam dos belíssimos trabalhos da instituição para enaltecer
planejamentos, ditos “autorais”.
Na
verdade, alguns dos colaboradores foram exonerados hoje.
O
tratamento de subserviência que vem sendo dado e pregado pelo atual
Secretário de Segurança é histórico, ou melhor, ficará para o
rol das piores histórias da Polícia Civil.
A
Polícia Civil sangra com esse modelo de gestão do Secretário
Cláudio Lima, que procura dividir e descartar o ser humano como
papéis recicláveis, sem justificativas plausíveis ou até mesmo
com fundamentos.
A
ADEPDEL vem tentando construir uma Polícia Civil mais independente,
no sentido de poder assinar um ofício, até mesmo comprar uma
lâmpada ou cadeira, sem ter que pedir autorização ao Secretário
da pasta.
Por
sinal, os policiais civis estão cada vez mais desacreditados em ter
uma Polícia Civil mais autônoma, assim como ocorre com a Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros, pois se tirarmos o comando gerencial da
Polícia Civil do Secretário de Segurança, esta secretaria não
teria sentido de existir.
Os
Delegados de Polícia Civil do Estado trabalham para a sociedade, não
têm apego a cargos, não estão de passagem e sempre seguirão o
caminho do bem, em busca de uma Polícia Judiciária cidadã, que
possa priorizar o que a sociedade realmente quer.
Cargos
em comissão são passageiros, são de livre nomeação e de
exoneração.
Já
o histórico de dedicação de cada policial dentro da Polícia Civil
ninguém apaga.
A
ADEPDEL sempre defenderá os bons pleitos e muitas vezes apoiou a
Secretaria de Segurança e o Governo contra politizações, com
sugestões e ideias, muitas das quais implementadas pela força do
argumento, sempre no intuito de ajudar a instituição, sem qualquer
tipo de vaidade, priorizando um relacionamento institucional e
isento.
E
assim continuaremos.
Fizemos
um Plano de Segurança Pública, voltado para Reestruturação da
Polícia Civil, com a melhor das intenções, ouvindo quem faz a
segurança na ponta e, sobretudo, a sociedade.
Atendemos
mais 200 mil cidadãos paraibanos todos os anos.
Sabemos
o que a sociedade almeja.
Apontamos
os avanços dos últimos anos e o que precisa ser aperfeiçoado e
melhorado.
Não
copiamos plano de ninguém.
Reconhecemos
as boas práticas.
Mas,
exigimos respeito, pois construímos algo para o povo paraibano e que
foi menosprezado, desde o início de sua construção, pelo atual
Secretário de Segurança.
Ninguém
é dono da verdade.
Nenhum
plano é infalível, de forma a não precisar ser aperfeiçoado.
É
preciso ter humildade para reconhecer isso.
Um
dos mais graves problemas da Polícia Civil é a falta de autonomia
gerencial e as constantes ingerências do atual Secretário de
Segurança, que ocupa um cargo político, nas “escolhas” de nomes
que dão “resultados”.
Afinal,
a Polícia Civil tem um Delegado Geral, que é o chefe da
instituição.
Talvez
o senhor Secretário não saiba, mas na pesquisa feita com os
Delegados, mais de 98% estão insatisfeitos com o tratamento dado
pela Secretaria de Segurança à Polícia Civil.
Continuaremos
trabalhando, apesar de não apoiarmos a gestão do atual Secretário.
Defenderemos
a busca pela redução dos homicídios.
Orientaremos
os Delegados a priorizarem as demandas do cidadão comum, que
escolheu o combate crime patrimonial como demanda essencial.
Nosso
compromisso é a proteção da sociedade e o combate ao crime.
Sobre
os motivos das exonerações, cabe ao Secretário de Segurança
justificar ao povo paraibano.
A
título de exemplo, a Delegacia de Defraudações, subordinada a 1ª
Superintendência Regional de Polícia Civil, é a que mais produz no
Estado e o Delegado Lucas de Sá é o Delegado com maior
produtividade na Polícia Civil, tendo seu trabalho reconhecido por
todos.
A
1ª Superintendência Regional de Polícia Civil, que até ontem
tinha à frente o Delegado Marcos Paulo dos Anjos Vilela,
Superintendente por 07 anos (Campina Grande e João Pessoa), é que
mais contribui no Estado para a redução de homicídios, durante
últimos anos.
Por
fim, é preciso que Excelentíssimo Senhor Secretário de Segurança
deixe os colegas trabalharem, busque melhorias para a instituição,
como concurso público e armamentos, ajude aos 808 policiais civis
que precisam se aposentar sem perdas e tenha a humildade para aceitar
que existem outros atores e ideias, que visam à melhoria da
Segurança do Estado.
LUCAS
SÁ SERÁ ADJUNTO DA ROUBOS E FURTOS E GADI DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
O
delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, João Alves, definiu,
nesta quarta-feira, os novos locais de trabalhos dos delegados
exonerados pelo governador Ricardo Coutinho.
Lucas
Sá, que era titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações,
responderá como adjunto da Delegacia Especializada de Roubos e
Furtos de Veículos e Cargas da Capital.
A
DDF ficará sob a tutela de João Ricardo, que era adjunto.
Vanderleia
Gadi, que também era adjunta da Defraudações, foi encaminhada como
adjunta da Delegacia Especializada da Infância e Juventude de João
Pessoa.
Ademir
Fernandes prestará expediente na Delegacia Especializada de Crimes
contra a Pessoa.
O
titular será Hugo Helder Porto.
Flávio
Craveiro Vasconcelos responderá pela Delegacia de Crimes contra a
Ordem Tributária.
Sá
e Gadi eram os delegados responsáveis pelas investigações da
Operação Cartola, que investiga fraudes no futebol da Paraíba, que
no último domingo (28) foi tema de uma reportagem na TV Globo.
Na
matéria, o governador Ricardo Coutinho (PSB) foi citado num diálogo
entre o ex-diretor do Botafogo, Breno Morais, que apresentava uma
possível influência no esquema.
Mas
o governador questionou a citação e negou qualquer contato para
interferir no futebol do estado.
CLÁUDIO
LIMA DESCARTA LIGAÇÃO DA CARTOLA COM REMOÇÃO DE DELEGADOS
O
secretário de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima,
descartou qualquer influência do desdobramentos da operação
Cartola, que teve o governador Ricardo Coutinho associado a fraude no
futebol em uma reportagem da TV Globo, às mudanças promovidas na
Polícia Civil da Paraíba.
"Esse
inquérito já foi relatado e já está na Justiça. Não tem nada a
ver com aquilo que saiu. Eu não sei onde pegaram aqueles dados para
passar”, disse.
Segundo
o secretário, a associação do governador à operação não é
verídica.
"O
pessoal da reportagem encontrou uma pessoa que falava o nome do
governador, mas tanta gente pode falar o nome da gente. O governador
nem sabia dessa operação”, finalizou.
(Do
Mais PB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.