Uma em cada cinco vítimas de fraudes admite que também já praticou algum comportamento ilícito, seja com empresas, pessoas ou o governo.
É o que mostra pesquisa realizada pela
CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço
de Proteção ao Crédito), em parceria com o Sebrae.
Segundo o levantamento divulgado nesta
quarta-feira (03/11), do universo de internautas que sofreram algum tipo de
fraude financeira nos últimos 12 meses, 20% – o equivalente a cerca de 3,4
milhões de consumidores – assumem que já praticaram algum ato ilícito para
tirar vantagem financeira.
De acordo com a pesquisa, 19% cometeram
essas ações contra empresas e pessoas.
Entre esses consumidores, a fraude mais
comum foi a utilização de serviços de forma irregular, incluindo o uso de
“gato” em serviços de TV por assinatura, banda larga, luz, telefone, citada por
24%.
Em seguida, aparecem a alegação falsa
que determinado produto estava anunciado com um preço menor com o intuito de
pagar mais barato (15%) e consumir mercadorias dentro da loja e não pagar pelo
produto (14%)
Para o presidente da CNDL, José César da
Costa, os consumidores devem ter consciência de que a corrupção e
comportamentos ilícitos trazem prejuízos a toda a sociedade.
“Todos perdem com a corrupção e com as
tentativas de levar vantagens indevidas. Ao cometer um ato ilícito, o consumidor
não prejudica somente àquela empresa, mas toda a população que em algum momento
será onerada com taxas e serviços mais caros”, afirma o presidente da
CNDL.
9%
ADMITEM A TENTATIVA DE LEVAR VANTAGEM SOBRE O GOVERNO
Em relação especificamente ao poder
público, 9% admitem já ter cometido alguma fraude para levar vantagens
financeiras, o que equivale a aproximadamente 1,5 milhão de internautas.
Os comportamentos mais citados foram
deixar de declarar posse de algum bem (39%), obter recibos falsos para abatimento
no imposto de renda (33%), declarar bens com valores inferiores ao que
realmente valem (30%) e usar documentos falsos (19%).
“Os brasileiros podem e devem cobrar mais
transparência nas ações dos representantes políticos, mas é igualmente importante
que cada um faça sua parte e reflita sobre o lugar da ética em suas relações
pessoais, profissionais e de consumo”, afirma Costa.
A pesquisa foi realizada em abril pela
internet com um universo de 949 entrevistados em todas as capitais do país.
Os dados mostram ainda que 34% dos
consumidores que cometeram fraudes obtiveram êxito ao tentar extrair vantagens
de terceiros, ante 54% que não conseguiram.
A maioria (58%) tampouco sofreu
consequências pelo comportamento ilícito, mas 38% tiveram que lidar com
consequências diversas, como nome negativado (12%), perda de acesso ao crédito
(12%), pagamento de multa e fiança (10%) e exposição à quebra de sigilo
bancário, telefônico e dados cadastrais (7%).
(Do g1)
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