O policial militar do estado do Ceará que se envolveu numa confusão na madrugada de ontem (quarta,18) nas proximidades de um posto de gasolina no Centro, foi preso à tarde pela equipe do delegado Francisco Assis Silva e vai responder por tentativa de homicídio.
Ele havia dito em depoimento a delegada Elizabeth Beckham que tinha atirado grupo de pessoas durante uma fuga quando era perseguido.
De acordo com o delegado Francisco Assis Silva, o policial criou uma versão fantasiosa, que não condiz com a verdade.
O PM prestou dois depoimentos, sendo um na manhã da quarta, à delegada Elizabeth Beckham, e a tarde quando foi ouvido pelo delegado Francisco Assis Silva.
Imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela PC foram fundamentais para descontruir a versão do PM que tem 32 anosa de idade.
Em um trecho o policial saca a arma, atira em um jovem de 21 anos de idade, entra no carro e vai embora.
A vítima foi atingida no pescoço.
Conforme o delegado, policial acusado viu as imagens mostradas pela PC e afirmou que realmente foi ele quem atirou no rapaz, mas não soube explicar a motivação.
O PM está preso no quartel do 2ºBPM.
ENTENDA TODA CONFUSÃO, A VERSÃO DO PM E A VERSÃO DO MOTORISTA POR APLICATIVO
Um jovem de 21 anos ferido com um disparo, um carro de um motorista por aplicativo perfurado de balas, fuga, perseguição e o caso foi parar no Plantão Centralizado da PC na madrugada desta quarta (18/05), por volta das 03h00.
Tudo teve início numa confusão nas imediações de um posto de gasolina localizado na Rua Epitácio Pessoa, no Centro de Campina Grande e terminou noutra rua central.
Um policial militar da PM cearense abriu fogo e baleou um motorista, acertou o carro de outro motorista (por aplicativo), fugiu e foi se esconder no Quartel.
COMO COMEÇOU...
Incialmente ninguém foi preso, mas a pistola do policial foi apreendida.
O posto é um uma velha referência em muitas confusões nas madrugadas campinenses pois a loja de conveniência funciona normalmente.
A delegada Elizabeth Beckham estava no plantão e atendeu a ocorrência que teve duas versões bem diferentes.
VERSÃO DO POLICIAL MILITAR:
“O policial militar alega que esteve no posto para comprar cigarros e percebeu ‘olhares esquisitos’ vindos do grupo de pessoas que estava com um motorista de aplicativo.
Ele desistiu de comprar os cigarros e saiu no veículo momento em que foi perseguido pelo motorista por aplicativo no outro carro.
Em determinado momento alguém de dentro do carro do motorista por aplicativo atirou (dois disparos) em direção ao PM.
Mais adiante o policial disse que por ser policial, posicionou seu carro para realizar a abordagem ao veículo que o perseguia.
Quando o outro veículo se aproximou, efetuou vários disparos na lateral do automóvel para ‘se defender’.
Na sequência policial em fuga seguiu para o 2º Batalhão da PM para pedir apoio”.
VERSÃO DO MOTORISTA POR APLICATIVO:
“O motorista disse que o policial chegou ao local e indagou ao grupo onde compraria droga nas imediações daquele posto e o grupo teria indicado.
Nesta conversa, algum amigo do motorista por aplicativo teria identificado que o homem era um policial.
E aí surgiu uma situação desgastante e policial após ser identificado puxou a arma e no ‘ímpeto’ da situação efetuou um disparo que atingiu o rapaz de 21 anos (que é outro motorista).
Diante disso, o dono do carro se reuniu com outros amigos e saiu em perseguição ao policial.
Nas imediações do Procon encontraram o carro do policial parado com o PM fora do veículo.
Eles queriam tomar satisfação com o policial, pois acreditavam que arma do PM não era uma arma ‘de verdade’ (seria uma arma de espoleta), se aproximaram do veículo e foram recebidos com vários disparos”.
(Por www.renatodiniz.com)
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