sexta-feira, 17 de junho de 2022

DOR E SENSIBILIDADE: JOVEM MORRE DE CHOQUE ELÉTRICO E FAMÍLIA DOA OS ÓRGÃOS

Na madrugada do sábado (11/06) Débora Fernanda da Silva, de 20 anos de idade, sofreu uma descarga elétrica quando estava numa festa de rua em Piancó, no sertão do estado.

A jovem foi socorrida para um hospital em Monteiro, no Cariri.
Na noite da quarta-feira (15) ela foi transferida para o Hospital de Trauma em Campina Grande e já chegou num quadro irreversível já com a suspeita de morte encefálica.
Diante do quadro, imediatamente foram iniciados os testes para a confirmação.
O protocolo consiste em três exames, sendo dois clínicos, realizados por médicos distintos, e o terceiro é o exame de ultrassonografia por doppler, realizado por um neuroclínico. 
Com a ausência de fluxo sanguíneo, a morte encefálica da paciente foi confirmada.
A comunicaram do falecimento ocorreu na quinta (16).
A família decidiu, em comum acordo, doar os órgãos da jovem.
COMO FOI O ACIDENTE...
Conforme Fagner Dernaiton da Silva, irmão de Débora, chovia na madrugada do acidente.
Ela e uma amiga estavam juntas.
Esta amiga pegou num ferro de um camarote que já vinha dando pequenas descargas elétricas.
Além disso, havia uma fiação que, segundo ele, saía do palco para o camarote passando “por dentro de uma poça d’água”.
Como as duas jovens estavam de mãos dadas, a descarga elétrica passou da amiga para Débora.
Havia um enfermeiro nas imediações que de pronto realizou os primeiros socorros.
O SAMU também chegou rápido e a levou para um hospital de Monteiro.
Na quarta houve a transferência para Campina Grande.
Fagner disse que a família não pensa em entrar na justiça contra os responsáveis pela festa, no entanto alertou para que organizadores de eventos atentem para cuidados com energia elétrica, a montagem de toda estrutura que envolve eletricidade.
A DOAÇÃO DOS ÓRGÃOS...
Ela era uma pessoa muito jovem e sadia, além disso era uma pessoa de bom coração”, disse o irmão.
Na medida em que o quadro foi se agravando, se tornando irreversível ele afirmou que o “coração dele tocou” para fazer isso.
Pra mim eu tinha que fazer isso, eu ia ajudar mais pessoas. Eu sei que ‘um pedaço’ dela vai ficar aqui. Um pedaço dela já ficou (que foi a filha que ela deixou). A gente vai tomar de conta. Eu como tio vou ser o segundo pai dela. Ela tem um pai, mas eu vou ser mais um pai que a menina vai ter. No que se refere a doação, a família toda entrou em consenso e decidimos isso para ajudar o máximo de pessoas”.
Débora tinha uma filha de dois anos e seis meses.
OS ÓRGÃOS DOADOS PARA CINCO PESSOAS
A Central de Transplante no Hospital de Trauma de Campina Grande confirmou que foram doados os rins, o fígado e as córneas.
O fígado para uma mulher paraibana de 74 anos; os rins para dois pernambucanos de 22 e 39 anos; e às córneas que antes do transplante são levados para o Banco de Olhos da Paraíba.
Atualmente no Estado existe um total de 511 pessoas aguardando órgãos ou tecidos, segundo o Núcleo de Ações Estratégicas da Central Estadual de Transplante.
(Por www.renatodiniz.com)

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