sexta-feira, 18 de novembro de 2022

NA PARAÍBA: PF PRENDE QUADRILHA QUE MOVIMENTOU 500 MILHÕES DE REAIS COM DROGA

A Operação Sol Nascente da Polícia Federal, realizada nesta manhã de sexta (18/11) se deu para cumprir Mandados da Vara de Entorpecentes de Campina Grande.
As ações da PF ocorreram na Paraíba, Amazonas, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Norte.

Foram 23 Mandados de Prisão e 30 de Busca e Apreensão.
175 contas bancárias foram bloqueadas.
Conforme a Polícia Federal foram identificados três grupos no fornecimento de maconha Skank, ecstasy e cocaína para traficantes na Paraíba.
E isso movimentou mais de 500 milhões de reais.
Os crimes são de tráfico interestadual de droga, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
O principal local de venda da droga era João Pessoa.
Na Paraíba foram presas nove pessoas, sendo cinco em Campina Grande e quatro na capital.
Entre os presos estão três mulheres (duas em Campina e uma em João Pessoa)
A polícia apreendeu documentos, celulares, arma e a quantia de “43 mil reais”.
Durante entrevista coletiva os delegados Leonardo Paiva, Ricardo Vasconcelos Melo e Felipe Costa explicaram sobre a operação.
Os presos são pessoas de classe média e classe alta.
São supostos empresários e pessoas de classe média que servem de ponte financeira do esquema (por onde transitam valores do tráfico). Temos fornecedores locais, temos transportadores. É uma rede que conta com quatro núcleos em divisão de tarefas se articulando entre receber e mandar a droga, ter o contato com países vizinhos (pra fazer essa droga ‘internalizar’ no Brasil). Hoje tivemos a prisão de um grande traficante no Amazonas. Ele mandava droga para dois nordestinos que foram presos hoje (um já estava no presídio e outro foi preso em João Pessoa)”, afirmou o delegado Leonardo Paiva.
Ele disse também que “essas duas pessoas faziam essa droga chegar na região de Campina Grande e adjacências. Pra fazer o pagamento ao fornecedor do Amazonas eles contavam com pessoas que ‘fornecem um leque de contas’”.
Essas 175 contas movimentaram “500 milhões de reais” de maneira atípica.
O delegado pontuou que “são traficantes que se fazem passar por empresários, são fornecedores locais, são dois grandes articuladores na Paraíba e Rio Grande do Norte que fazem essa droga chegar (maconha Skank – espécie de maconha mais potencializada) ao destino e aqui em Campina e João Pessoa eles contam com alguns locais de classe média que articulam financeiramente a forma de pagar essa droga que chega aqui. Tem pessoas também que realizam o transporte”.
Leonardo Paiva acrescentou que as mulheres se beneficiavam e sabiam das negociações envolvendo seus companheiros.
Elas forneciam suas próprias contas ou forneciam contas de terceiros para a lavagem do dinheiro.
O delegado Ricardo Vasconcelos disse que já fazia um ano e meio que a investigação vinha ocorrendo.
No ano passado, inclusive, parte do grupo criminoso foi desmantelado com a “Operação Insônia”.
Na oportunidade ocorreram várias prisões de traficantes de ecstasy.
A investigação nessa fase (de hoje) buscou pegar a parte da lavagem de dinheiro. A gente identificou que a grande quantidade de recursos que estava sendo movimentada estava sendo reinserida para colocação de empresas de vários ramos como empresas de automóveis (revendedoras), sucatas, internet, construção civil, locação de veículos. Então eles faziam o branqueamento (lavagem de dinheiro) reinserindo mediante constituição de empresas. Empresas para operar como se estivesse praticando atividade regular”.   
(Por www.renatodiniz.com)

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